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onde a polícia já identificou lavagem de dinheiro do PCC

BRCOM by BRCOM
outubro 23, 2025
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Esquema de lavagem de dinheiro do PCC com uso de postos de combustíveis — Foto: Receita Federal

As novas estratégias para lavagem de dinheiro do crime pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) vão desde exploração de postos de combustíveis até lojas de brinquedo, passando por motéis, fintechs e lojas de rede de perfumaria. É o que revelam as mais recentes operações policiais que miram a operação financeira do crime organizado.

Nessa quarta-feira, o Ministério Público de São Paulo, a Polícia Civil e a Secretaria da Fazenda deflagraram a Operação Plush, que investiga a viúva e a cunhada de Cláudio Marcos de Almeida, o “Django”, ex-chefe da facção assassinado em 2022. As duas, Natália Stefani Vitória e Priscila Carolina Vitória Rodrigues, são suspeitas de abrir lojas de brinquedos em shoppings da capital, Guarulhos e Santo André para ocultar recursos provenientes do tráfico e de outras atividades ilícitas do grupo.

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De acordo com o MP, as irmãs investiram milhões de reais em quatro lojas da rede Criamigos Oficinas de Ursos, embora não tivessem ocupação lícita declarada. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 4,3 milhões em bens das investigadas. O nome da operação, Plush, que significa “pelúcia” em inglês, foi escolhido em alusão ao ramo de atividade usado para mascarar o dinheiro do crime.

Django, morto em circunstâncias violentas há três anos, era apontado como um dos principais articuladores do comércio de drogas e armas da facção. Ele já havia aparecido nas investigações da Operação Fim da Linha, que mirou a empresa de ônibus UPBus, suspeita de servir à lavagem de recursos do grupo criminoso.

A Operação Plush se soma a uma sequência de ações recentes que vêm revelando o raio de alcance do PCC dentro da economia formal, envolvendo motéis, franquias de beleza e fintechs da Faria Lima, além de redes de postos de combustíveis em dez estados.

Esquema de lavagem de dinheiro do PCC com uso de postos de combustíveis — Foto: Receita Federal

Em agosto, a megaoperação Carbono Oculto desvendou um esquema bilionário de lavagem de dinheiro e fraudes tributárias no setor de combustíveis. Segundo o Ministério Público de São Paulo, a facção chegou a controlar cerca de 1.560 postos e 40 fundos de investimento, com patrimônio estimado em R$ 30 bilhões. O grupo utilizava fintechs e instituições de pagamento, como a BK Bank e a Bankrow, para movimentar e ocultar valores de origem ilícita, usando o mecanismo das chamadas “contas-bolsão”, em que o dinheiro de vários clientes é misturado em uma única conta, dificultando o rastreamento.

As investigações apontam que, entre 2020 e 2024, os postos ligados ao PCC movimentaram R$ 52 bilhões. O dinheiro era reinvestido em fazendas, usinas, imóveis de luxo e frotas de caminhões. Entre os bens apreendidos estavam uma mansão de R$ 13 milhões em Trancoso (BA), 1.600 caminhões, quatro usinas de álcool e um terminal portuário.

O caso escancarou o uso de fintechs como “bancos paralelos”, que operavam à margem da regulação do Banco Central. Parte dessas instituições não era obrigada a reportar movimentações suspeitas ao Coaf, o que facilitava a ação do crime organizado.

Infográfico mostra como funcionava o esquema criminoso desmantelado pela Operação Spare — Foto: Divulgação
Infográfico mostra como funcionava o esquema criminoso desmantelado pela Operação Spare — Foto: Divulgação

Um mês depois, em setembro, o Gaeco e a Receita Federal voltaram à carga com a Operação Spare, um desdobramento da Carbono Oculto. A investigação revelou que o PCC diversificou as frentes de lavagem: além dos combustíveis, usava franquias de beleza, motéis e empreendimentos imobiliários para dar aparência legal aos lucros ilícitos.

O principal alvo era Flávio Silvério Siqueira, o “Flavinho”, suspeito de chefiar uma rede de 400 postos e 60 motéis. Só entre 2020 e 2024, o grupo teria movimentado R$ 4,5 bilhões, pagando apenas 0,1% em impostos. Outra figura central era Maurício Soares de Oliveira, dono de quase 100 lojas da rede O Boticário, que não tem relação com o esquema. Suas franquias operavam com 100% dos depósitos em espécie, um clássico indício de lavagem.

As investigações também identificaram empresas de fachada e laranjas usados para movimentar os recursos, além da participação da fintech BK Bank, a mesma já citada na Carbono Oculto. Parte do dinheiro também era escoado por casas de jogos clandestinos no litoral paulista.

Flávio Silvério Siqueira e o efetivo policial da Operação Spare, em SP — Foto: Reprodução
Flávio Silvério Siqueira e o efetivo policial da Operação Spare, em SP — Foto: Reprodução

Os promotores apontam conexões diretas entre empresários e lideranças do PCC. Nomes de alto escalão da facção, como Wagner Ferreira da Silva, o “Cabelo Duro”, José Carlos Gonçalves, “o Alemão” e Rafael Maeda Pires, “o Japonês”, assassinados em anos anteriores, eram frequentadores das residências de alvos da operação.

Poucos dias depois da Spare, a Polícia Civil da Bahia deflagrou uma operação que revelou outra ramificação do mesmo esquema, com lavagem de até R$ 6 bilhões por meio de 200 postos de combustíveis espalhados entre Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro. Sete pessoas foram presas, e R$ 6,5 bilhões em bens foram bloqueados.

Posto de combustíveis alvo da Operação Octanagem, deflagrada pela Polícia Civil em desdobramento da Carbono Oculto, que investiga esquema de lavagem de dinheiro ligado ao PCC — Foto: Divulgação/SSP
Posto de combustíveis alvo da Operação Octanagem, deflagrada pela Polícia Civil em desdobramento da Carbono Oculto, que investiga esquema de lavagem de dinheiro ligado ao PCC — Foto: Divulgação/SSP

Essa estrutura varejista foi novamente alvo de uma nova fase da investigação, batizada de Operação Octanagem, deflagrada em São Paulo na terça-feira (21). A ação mirou postos ligados ao empresário Mohamad Hussein Mourad, suspeito de ser um dos operadores financeiros do grupo. Em um dos estabelecimentos, os policiais encontraram fraudes nas bombas e combustível adulterado.

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