A OpenAI lançou seu primeiro navegador de internet com inteligência artificial (IA), o que coloca a empresa do ChatGPT em uma nova disputa direta com o Google, da Alphabet. O movimento já levou à queda das ações do Google, que caíram até 4,8% nesta terça-feira com a notícia.
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O navegador, chamado ChatGPT Atlas, foi projetado para oferecer uma experiência de navegação mais personalizada e também realizar tarefas como reservar voos e editar documentos em nome do usuário.
Cada vez que o usuário visitar um site dentro do navegador, verá um botão “Perguntar ao ChatGPT”, que abre uma barra lateral para interagir com o conteúdo da página. O usuário pode, por exemplo, abrir uma crítica de filme e pedir ao ChatGPT para resumi-la. Ou então encontrar uma receita e solicitar ajuda para encomendar os ingredientes online.
“Este é um navegador da web com inteligência artificial, construído em torno do ChatGPT”, disse o CEO da OpenAI, Sam Altman, durante um evento transmitido ao vivo nesta terça-feira.
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Segundo ele, a IA “representa uma oportunidade rara, que surge apenas uma vez por década, para repensar o navegador.”
O Atlas estará disponível globalmente para macOS inicialmente, informou a empresa, com planos de expansão para Windows, iOS e Android em breve.
O lançamento leva a OpenAI a se juntar a um número crescente de empresas que estão usando IA para reinventar o navegador da web, um produto que remonta aos anos 1990.
A Perplexity AI lançou recentemente o Comet, um navegador com IA projetado para agir como um assistente digital, automatizando tarefas para os usuários. A Opera e a The Browser Company também estão integrando cada vez mais recursos de IA em seus navegadores.
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Em setembro, o Google incorporou seu modelo de IA Gemini ao navegador Chrome. Entre outras funções, a IA do Google pode explicar páginas da web, resumir informações de várias abas e até reabrir sites fechados anteriormente.
A medida do Google ocorreu duas semanas após um juiz dos EUA rejeitar uma proposta do governo que teria forçado a empresa a vender o Chrome. Em uma audiência judicial, executivos da Perplexity e da OpenAI afirmaram que teriam interesse em comprar o Chrome, caso o Google fosse obrigado a se desfazer dele.