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Orquestra formada por jovens do Rio se apresenta no prestigiado Carnegie Hall, em Nova York

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outubro 26, 2025
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Sintonia fina. As irmãs Jhennifer e Stephanie Costa se apaixonaram pelo violino. As duas entraram para a orquestra e estão na contagem regressiva para a apresentação nos Estados Unidos — Foto: Guito Moreto

São 25 jovens, cada uma delas com um instrumento nas mãos e muitos sonhos na cabeça: Nathaly, Mavi, Vanessa, Ana Clara, Clarysse, Jhennifer, Stephanie… mas pode chamar simplesmente de Chiquinha. É dessa forma carinhosa que elas se referem umas às outras. Um jeito que arrumaram para marcar a identidade e transparecer o orgulho de pertencer à Orquestra Sinfônica Jovem Chiquinha Gonzaga. Motivos não faltam. Entre muitas outras conquistas coletivas e pessoais, as meninas embarcam na próxima quinta-feira para uma viagem que promete ser de sonho para Nova York, onde, três dias depois, no domingo, a orquestra apresenta um repertório brasileiríssimo, do clássico ao popular, em uma das casas mais prestigiadas do mundo: o Carnegie Hall.

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Moradora da Mangueira, na Zona Norte, a violinista Clarysse Amaral, de 21 anos, não vê a hora de embarcar. Ela diz que a experiência na OSJ Chiquinha Gonzaga deu um rumo para a sua vida. Depois de aprender a tocar o instrumento em um dos projetos sociais do qual participou, chegou a pensar em desistir. Até que a orquestra chegou.

— Estava meio perdida, sabe? Tentei ser atendente, trabalhar com administração e até como trancista, mas não conseguia me encaixar. Entrar para a orquestra mudou tudo. Nada se compara à música — diz Clarysse, que está se preparando para o Teste de Habilidades Específicas da UFRJ, onde pretende estudar canto.

Oriundas de projetos sociais desenvolvidos pelo Instituto Brasileiro de Música e Educação (IBME) em escolas da rede pública de ensino do Estado do Rio, as jovens instrumentistas têm idades entre 16 e 22 anos. O grupo completo conta com 52 integrantes com histórias de vida, paixão pela música e perseverança bastante semelhantes.

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Sintonia fina. As irmãs Jhennifer e Stephanie Costa se apaixonaram pelo violino. As duas entraram para a orquestra e estão na contagem regressiva para a apresentação nos Estados Unidos — Foto: Guito Moreto

Moradoras de Campos Elíseos, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, as irmãs Jhennifer e Stephanie Costa, de 21 e 20 anos, respectivamente, vêm de uma família recheada de músicos que tocam em grupos religiosos. As duas descobriram o violino há oito anos, quando viram uma criança tocando o instrumento.

— Foi um concerto de Natal e tinha esse menino, bem criança mesmo, que fez um solo de forma linda. Ali a gente se encantou, e o violino escolheu a gente — lembra Jhennifer, que concilia as atividades com as Chiquinhas e os estudos. Ela vai tentar uma vaga para licenciatura em Música na Unirio.

A apresentação das Chiquinhas no concerto “Sons do Brasil – New York”, no Carnegie Hall, terá no repertório Heitor Villa-Lobos, Tom Jobim, Luiz Gonzaga, Dorival Caymmi e Chiquinha Gonzaga, a musa inspiradora do grupo.

A contrabaixista Mavi Vasconcelos conheceu a história de Chiquinha Gonzaga mais a fundo depois de ingressar na orquestra — Foto: Guito Moreto
A contrabaixista Mavi Vasconcelos conheceu a história de Chiquinha Gonzaga mais a fundo depois de ingressar na orquestra — Foto: Guito Moreto

— Eu fui conhecer mais a fundo a história da Chiquinha Gonzaga quando entrei na orquestra. Ela foi muito importante para nós. Ajudou a conquistar direitos autorais, o que para os músicos é essencial. Para nós mulheres, a importância dela vai além da música, inclusive. Eu acho que não tinha um nome melhor para representar a nossa orquestra — diz a contrabaixista Mavi Vasconcelos, que começou a estudar o instrumento em um projeto social em Petrópolis, onde nasceu.

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Para prosseguir na carreira, Mavi se mudou para o Rio, e hoje mora no Centro. Bem a calhar, já que os ensaios da OSJ Chiquinha Gonzaga acontecem em uma sala do IBME no icônico prédio da Central do Brasil. No comando dos ensaios, a regente Priscila Bonfim.

— É estimulante ver essas meninas, que entraram ainda muito jovens na orquestra, e hoje já começam a colher concretamente os frutos desse trabalho que é árduo, mas muito gratificante. São meninas fortes musical e artisticamente, e isso transparece dentro da música, mas também fora dela, em outras atividades da vida — elogia Priscila.

A regente Priscila Bonfim durante ensaio da OSJ Chiquinha Gonzaga anteontem — Foto: Guito Moreto
A regente Priscila Bonfim durante ensaio da OSJ Chiquinha Gonzaga anteontem — Foto: Guito Moreto

A apresentação da OSJ Chiquinha Gonzaga em Nova York vai ter duas participações especiais de mulheres igualmente jovens e talentosas: a soprano Manuela Korossy e a cantora Flor Gil.

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— É uma expectativa enorme e muito especial. O Carnegie Hall é um lugar histórico para música, um palco por onde passaram tantos, até meu avô (Gilberto Gil). Estar ali já é emocionante, mas estar ali com uma orquestra formada apenas por meninas brasileiras deixa tudo ainda mais especial — diz Flor Gil.

Para a cantora lírica brasileira radicada em Nova York, a apresentação será histórica.

— Mais que uma experiência interessante, acho que vai ser um evento histórico mesmo. Quando a gente pensa a música clássica em espaços tão tradicionais, fala de estruturas fixas e restritas inevitavelmente a um público e corpo artístico extremamente masculinizado e elitizado. Esse concerto será totalmente o contrário — analisa Manuela Korossy, bolsista em vias de concluir sua formação na renomada Juilliard School.

A instituição de ensino superior nova-iorquina, aliás, está no roteiro das Chiquinhas na Big Apple. As meninas participarão de masterclasses na Juilliard e na Universidade de Columbia. Tem ainda visita ao Metropolitan Opera e apresentações no Consulado Brasileiro na cidade e em Washington. Entre uma nota e outra, vai dar tempo para “turistar” um pouco. Bravo!

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