O diretor de participações da Previ, Márcio Chiumento, é o favorito para ocupar o posto de presidente da Previ, segundo integrantes do governo Lula.
No ano passado, Chiumento foi indicado como diretor de participações pelo Banco do Brasil, patrocinador da Previ, um dos maiores fundos de pensão da América Latina, com ativos de R$ 250 bilhões e 200.000 cotistas. Agora, ele deve substituir o atual presidente João Fukunaga e assumir o posto mais alto do fundo.
Outro nome que também entrou no radar é do diretor de Administração da Previ, Márcio de Souza. Neste ano, ele foi escolhido como novo Presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).
Como informou a coluna, Fukunaga está na corta bamba há meses e chegou a receber um ultimato do próprio Lula, no fim do ano passado. Agora, o presidente já deu aval para a demissão.
Um dos principais incômodo de Lula é a relação de proximidade de Fukunaga com o advogado Tiago Cedraz, filho do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz. Chegou a Lula a informação de que o presidente da Previ e o advogado têm realizado uma série de agendas em conjunto, inclusive no exterior. O entendimento é que a proximidade entre ambos não seria salutar para a entidade, o que incluiu preocupação com empresários que são clientes de Cedraz. Procurado pela coluna, Fukunaga não quis se manifestar.
Outro foco de desgaste para Fukunaga, como informou O GLOBO, foi divulgação do déficit da Previ em 2024, que atingiu R$ 17,5 bilhões no plano de previdência mais antigo da entidade (plano 1). Isso passou a ser explorado por parlamentares da direita e por uma ala de funcionários do Banco do Brasil. O resultado negativo da Previ também é alvo de uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), que deve trazer mais desgastes ao dirigente.
A escolha de Fukunaga para presidir a Previ levantou muitas críticas pela sua falta de familiaridade com o setor. Sindicalista e professor de história, ele teve o apoio do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que chegou a ser condenado e preso por lavagem de dinheiro na Operação Lava-Jato, mas foi absolvido nono passado.
Petistas relataram à coluna que Vaccari não teria apresentado resistência ao nome de Márcio Chiumento para substituir Fukunaga.