As crianças estavam trancadas desde dezembro de 2021, por temor do pais pela disseminação da Covid Um casal que vivia em uma região isolada de Oviedo, no norte da Espanha, foi preso por manter seus três filhos em cativeiro em uma “casa dos horrores”. Segundo a imprensa local, os pais mantinham as crianças trancadas desde dezembro de 2021, alegando temor pela disseminação da Covid-19.
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As crianças — gêmeos de oito anos e um irmão mais velho, de dez — foram encontradas pela polícia espanhola nesta segunda-feira em condições deploráveis: a casa estava em estado de extrema sujeira, com lixo espalhado por todos os cômodos e grandes quantidades de medicamentos acumulados. Fraldas sujas estavam empilhadas em um dos banheiros, e absorventes usados foram descobertos sob a cama do casal, conforme relatos.
A investigação teve início após a denúncia de um vizinho, que afirmou nunca ter visto as crianças frequentando a escola. A polícia passou a suspeitar ao notar que as compras de supermercado para a residência eram volumosas demais para uma única pessoa, conforme registrado oficialmente no imóvel.
A família — composta pelas três crianças, uma mulher americana e um homem alemão — mantinha “as persianas sempre abaixadas, não fazia barulho e não possuía veículos”, relatou Rafael Ruiz, vizinho da casa, ao portal Mail Online.
De acordo com a imprensa espanhola, os meninos foram encontradas usando fraldas e eram obrigadas a dormir em camas com grades, semelhantes a gaiolas, como forma de punição. O pai chegou a pedir aos agentes que colocassem máscaras antes de entrar para fazer a vistoria.
“O uso de máscaras pode ser algo anedótico ou ter alguma fundamentação”, disse o delegado Francisco Javier Lozano García, responsável pelo caso, acrescentando que a investigação ainda vai esclarecer “como chegaram até aqui, o que os motivou a vir para a Espanha e por que permaneceram tanto tempo presos nessas condições”.
Até o momento, os motivos que levaram a família a viver em cativeiro desde 2021 permanecem desconhecidos. Após a ação da polícia, os meninos, que falavam principalmente inglês, foram encaminhados ao Hospital Universitário Central das Astúrias e agora estão sob a tutela do Governo do Principado, um centro de acolhimento a menores.