Foi iniciada nesta segunda-feira (20), em São Paulo, a produção do filme “Dark Horse” (“O azarão”, na tradução livre), cuja trama gira em torno da facada sofrida por Jair Bolsonaro, em Juiz de Fora (MG), antes das eleições de 2018. A direção será do americano Cyrus Nowrasteh e o roteiro foi escrito pelo deputado federal (e ex-ator) Mario Frias (PL-SP). A informação é do Estadão.
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Segundo a publicação, o longa adotará narrativa heroica e retratará o ex-presidente como “improvável vencedor” das eleições. A trama também incluirá o passado militar de Bolsonaro e sua atuação contra o tráfico de drogas. O roteiro incluiria, inclusive, outras tentativas de assassinado ordenadas pelos mesmos “mandantes” do atentado. Autor da tentativa de homicídio, Adélio Bispo será retratado com nome fictício.
Parte do elenco da produção, que deve ser lançada em 2026, já foi anunciado. Brasileiro radicado no Médico, Marcus Ornellas interpretará Flávio Bolsonaro, enquanto que o americano Eddie Finlay dará vida a Eduardo. Carlos será vivido pelo brasileiro Sérgio Barreto. Não foram anunciados os intérpretes para Jair Bolsonaro, Michelle e Laura.
Natural do Colorado, nos Estados Unidos, Cyrus Nowrasteh tem 69 anos e é conhecido por filmes de temática religiosa, como “O apedrejamento de Soraya M.” (2008), “O jovem messias” (2016) e “Sequestro internacional” (2019). O último conta com Jim Caviezel à frente do elenco. Em agosto, perfis de direita no X chegaram a compartilhar notícias de que o ator de “A paixão de Cristo” (2005) estaria cotado para viver Jair Bolsonaro. A informação não foi confirmada até o momento.
Em suas redes sociais, Nowrasteh ainda não falou sobre o projeto. No X, no entanto, ele respondeu seguidora afirmando que no momento está filmando na América Latina. Em maio, ele compartilhou fotos de procura de locações na divisa entre Rio e Minas Gerais.
A relação de Nowrasteh começou há mais de três décadas. Ele foi roteirista de “Jenipapo”(1995), de Monique Gardenberg, com Henry Czerny, Patrick Bauchau, Júlia Lemmertz, Marília Pêra e Otávio Augusto. Em contato com O GLOBO, a diretora brasileira relata ter perdido o contato com o americano.
Nos anos 1990, o diretor e roteirista também trabalhou na série “La Femme Nikita”. Em 2001, lançou “Depois do atentado”, com Richard Dreyfuss e Richard Crenna, sobre atentado sofrido por Ronald Reagan em 1981.

