Com dez em campo e sem realizar substituições, Botafogo marcou gol da vitória dez minutos após cartão vermelho do defensor Se ainda pairavam no ar dúvidas sobre o estilo ofensivo de Renato Paiva, pode-se dizer que elas terminaram após a heroica classificação do Botafogo para as oitavas de final da Libertadores. Com um a menos desde os 27 minutos da primeira etapa, após a expulsão de Jair, o treinador manteve o time que estava em campo e viu o time marcar o gol da vitória dez minutos depois, com Igor Jesus.
Ao todo, foram 60 minutos até a primeira substituição: Allan no lugar de Cuiabano. Após a vitória por 1 a 0, Paiva reafirmou a confiança na equipe.
— As pessoas têm o direito de opinar em relação a mim, mas isso não pode e não deve influenciar naquilo que é o meu trabalho. As minhas decisões sempre serão em função do trabalho e do conhecimento dos jogadores, do que eles fazem nos treinos e nos jogos. E, obviamente, daquilo que é a leitura tática do que o jogo te pede — iniciou o treinador.
— Tínhamos que ser inteligentes e estar preparados para fazer isso. O Jair foi expulso relativamente cedo, mas tinha que acreditar na ideia e manter os jogadores que acreditei para começarem o jogo. Quando sai o gol, obviamente a tentação era segurar o 1 a 0. Mas eu nunca fui e nunca serei covarde. Senti a equipe bem e não quis mexer — disse.
Paiva também explicou o que passou por sua cabeça após o primeiro gol da equipe, principalmente ao longo da segunda etapa. A ideia do treinador foi, mais do que só se defender, buscar a tranquilidade através do aumento no placar.
— Depois do gol, você tem que pensar duas coisas: tem uma vantagem, mas que é mínima. Em qualquer momento, numa bola parada, o adversário podia empatar. Então se fizesse substituições para defender, depois poderia ter que fazer para correr atrás do resultado. Como senti que a equipe não precisou de substituições em função daquilo que queríamos, que era não deixar de buscar o 2 a 0, não fiz. Se tivéssemos o 2 a 0, aí sim poderia fazer algumas movimentações mais claras.
Renato Paiva justifica manutenção do time após expulsão de Jair: 'Não fui e nunca serei covarde'
