O esquema de segurança montado para a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) da Cúpula dos Brics no Rio de Janeiro contará com 20 mil militares. Entre os recursos disponíveis para a operação, estão dois modelos de caças que são equipados com mísseis e metralhadoras. Um dos objetivos é evitar que aeronaves não autorizadas entrem nas áreas de restrição aérea criadas para proteger representantes de 28 países e sete entidades internacionais, entre os quais o Banco Mundial, a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Banco dos Brics, que se reunião no Museu de Arte Moderna (MAM) nos próximos dias 6 e 7.

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De acordo com a legislação brasileira, em situações extremas, quando os pilotos não cumprirem a orientação dos militares para desviar de rota e pousar por serem considerados uma ameaça à Segurança Pública, as aeronaves podem ser derrubadas. Hoje, essa autorização pode ser dada pelo presidente da República ou pelo comandante da Aeronáutica, após seguir protocolo definido por lei.

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Por questões de segurança, o Aeroporto Santos Dumont também será fechado nos dias das reuniões e e voos são transferidos para o Galeão; devido a proximidade com o MAM.

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A única vez que o Brasil empregou caças armados em um megaevento foi durante a Olimpíada de 2016. Os caças vão patrulhar os céus enquanto outros serão mantidos de prontidão em bases aéreas. O total de caças que será empregado não foi divulgado por razões de segurança. Um dos modelos é o F5EM, capaz de chegar a 1960 Km\H e tem autonomia de 1.814 quilômetros. De fabricação americana e modernizado pela Embraer, ele opera no país desde os anos 1970, de acordo com informações do site da Força Aérea Brasileira (FAB).

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Ao todo, a frota da FAB a conta com 51 exemplares. O F5-M pode ser equipado com vários modelos de mísseis. Entre eles, um fabricado no Brasil: o Piranha, de curto alcance, que foi o primeiro míssil projetado e construído na América Latina. Um outro modelo de míssel que pode ser usado é o AIM-9 Sidewinder americano , orientado por radiação infravermelha e também de curto alcance.

Um dos caças F5 da FAB. Modelo será usado no patrulhamento dos Brics — Foto: FAB

O outro modelo que será empregado é o A-29 Super Tucano, fabricado pela Embraer, que costuma ser empregado para patrulhar o espaço aéreo da Amazônia. Com tanques de combustível extra, a aeronave tem autonomia para voar até 2.855 quilômetros, aproximadamente, o equivalente a distância entre o Rio de Janeiro e São Luís (MA). A FAB tem cerca de 60 unidades do modelo, que chega a 590 Km\h.

A aeronave conta com quatro pontos sob as asas e um sob a fuselagem para canhão, metralhadoras, foguetes, bombas e mísseis.

O esquema contará também com jatos do modelo E-99M, conhecido como avião radar. Eles são usados no monitoramento do espaço aéreo.

A GLO começou a valer nesta quarta-feira no Rio. Entre as ausências no encontro de cúpula estão os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin.

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