O segundo maior diamante do mundo, o Motswedi, descoberto em Botsuana em 2024, ainda não tem valor definido e pode se tornar uma peça de museu, informou a empresa HB Antwerp à AFP nesta segunda-feira.
- ‘Padrões obscuros’: Comissão dos EUA acusa Amazon de enganar clientes e complicar propositalmente cancelamento de assinaturas Prime
- IAí? Vai fazer Enem ou CNU? Veja como usar a IA para estudar e revisar conteúdo
— É muito difícil dar um preço neste momento — disse Margaux Donckier, diretora de comunicação da companhia, responsável pela transformação e comercialização de pedras de grande porte.
Apesar disso, a empresa afirmou ter recebido demonstrações de interesse “de todas as partes do mundo”. “E diamantes brutos de um tamanho tão excepcional poderiam perfeitamente acabar em um museu ou nas mãos de um xeque que queira completar sua coleção”, acrescentou a companhia.
O Motswedi pesa 2.488 quilates — cerca de meio quilo — e foi encontrado no verão de 2024 na mina de Karowe, no nordeste de Botsuana, o maior produtor de diamantes da África. A mina é propriedade da mineradora canadense Lucara, que se associou à HB Antwerp para gerenciar qualquer pedra que exceda 10,8 quilates.
Há um ano, a HB Antwerp destacava possuir pelo menos três diamantes brutos com mais de 1.000 quilates, reforçando a posição da Antuérpia como centro de referência para lapidação e polimento de diamantes, mesmo diante da concorrência internacional.
O nome da pedra, Motswedi, significa “fonte d’água ou fluxo de água subterrânea” na língua tsuana. Antes de sua descoberta, o maior diamante encontrado em Botsuana era o Sewelo, de 1.758 quilates, extraído pela Lucara em 2019 e adquirido pela grife Louis Vuitton, do grupo LVMH.
O recorde do maior diamante já descoberto permanece com o Cullinan, extraído em 1905 em uma mina da África do Sul, com 3.106 quilates.