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Sem Boulos como puxador, PSOL apostaria em Erika Hilton, ‘voto de opinião’ e esposa do deputado para manter patamar de 2022

BRCOM by BRCOM
setembro 28, 2025
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Deputada Erika Hilton (PSOL-SP) é uma das lideranças de destaque no Congresso Nacional — Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados/Divulgação

A provável indicação do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) para a Secretaria-Geral da Presidência, que tem status de ministério e atualmente é comandada por Márcio Macêdo (PT), terá impactos na eleição do ano que vem em São Paulo. O parlamentar teria dito ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que pretende ficar no cargo até o final do mandato, ou seja, não poderia concorrer novamente a uma vaga na Câmara. Dessa forma, o PSOL perderia o responsável por metade dos 1,9 milhão de votos recebidos em 2022 — excluída a federação com a Rede.

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Na ocasião, os 1 milhão de votos de Boulos fizeram dele o deputado mais votado do Brasil. Sem o puxador de votos, a legenda — que foi escolhida por 915 mil eleitores em 2018 — apostaria na deputada federal Érika Hilton e no “voto de opinião” para manter o patamar de três anos atrás. Além disso, a advogada Natália Szermeta Boulos, esposa do parlamentar, é cotada nos bastidores para manter o sobrenome popular nas urnas na disputa à Câmara dos Deputados.

— Nosso voto, assim como o do Boulos, vem de movimento organizado e de opinião. Acredito que esse voto permanecerá na nossa chapa. De todo o modo, nosso grande objetivo é disputar o Congresso contra o avanço da extrema direita e reeleger o presidente Lula — afirma a deputada federal Luciene Cavalcante, que obteve 49.131 votos em 2022, ficou na suplência e assumiu o posto com a ida de Marina Silva (Rede) para o Ministério do Meio Ambiente.

Deputada Erika Hilton (PSOL-SP) é uma das lideranças de destaque no Congresso Nacional — Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados/Divulgação

Em relação à deputada Érika Hilton (PSOL), a expectativa de lideranças da legenda é que ela possa atingir a marca de 700 mil votos em 2026. Em 2022, a parlamentar se elegeu com 256.903 votos, após ter atraído 50 508 eleitores dois anos antes, quando se tornou vereadora em São Paulo. O deputado federal Ivan Valente (44 mil votos em 2022, ante 155 mil em 2018) avalia que a colega tem potencial para surpreender nas urnas.

— Temos outras pessoas em ascensão (além de Boulos), como a Erika Hilton. Tanto pela rede que ela tem, quanto por sua exposição, podemos ter uma chapa para capitalizar os votos para o partido. É uma tarefa para a direção montar uma chapa competitiva. O PSOL é um partido muito orgânico, os eleitores estão em busca de opinião e é o que temos – diz Valente.

Procurada, Érika Hilton não quis comentar o assunto.

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Para integrantes do PT, que perderia a Secretaria-Geral da Presidência para o PSOL, a saída de Boulos do jogo eleitoral ocorre porque o deputado apostaria na reeleição de Lula, ficaria quatro anos em algum ministério e depois avaliaria novas pretensões — até porque, após disputar duas eleições frustradas para a prefeitura de São Paulo, o deputado “não conseguiu viabilizar seu nome para concorrer ao Senado no ano que vem”, afirma um dirigente petista.

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  • Sobrenome Boulos nas urnas
      • Sem Boulos como puxador, PSOL apostaria em Erika Hilton, ‘voto de opinião’ e esposa do deputado para manter patamar de 2022

Sobrenome Boulos nas urnas

Não é porque Guilherme Boulos não deverá disputar cargos eletivos em 2026 que as urnas deixarão de mostrar o sobrenome do deputado federal. Natália Boulos, esposa do parlamentar, esteve na manifestação de domingo passado na Avenida Paulista e é cotada para concorrer a uma vaga na Câmara no ano que vem, segundo caciques do PSOL e do PT ouvidos pelo GLOBO. O nome de Natália também circulou em meados de abril, quando Boulos foi sondado pela primeira vez para uma vaga ministerial. Consultado, Boulos não quis comentar sobre a possibilidade.

— Traidores da pátria, não passarão! — postou em suas redes a advogada, após o ato em São Paulo.

O deputado afirmou que as manifestações marcam a “retomada do protagonismo da esquerda nas ruas” e serve de recado para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), aos senadores e ao Centrão. Dias depois, a PEC acabou arquivada e Motta rejeitou a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como líder da minoria.

— Vou dizer uma coisa para o Tarcísio: você está querendo ser candidato a presidente? Venha que nós vamos te derrotar nas urnas — disse Boulos, com os manifestantes respondendo aos gritos de “olê, olê, olá, Lula, Lula” e ofensas diretas ao aliado de Bolsonaro.

Em conversa com o GLOBO no dia seguinte às manifestações, Boulos disse que possíveis novos atos da esquerda não estão definidos, mas seguiriam a pauta no Congresso, e que a ideia seria mobilizar novamente artistas através da produtora Paula Lavigne, do movimento “342 Artes” e do portal de esquerda Mídia Ninja.

— Os próximos passos vão ser decididos de acordo com a conjuntura, dependendo de como anda a proposta de isenção do imposto de renda, da taxação dos super-ricos — disse o deputado.

Não é a primeira vez que Boulos tem a sua entrada considerada iminente dentro do governo Lula. Em meados de abril, o presidente sondou o deputado em uma reunião no Palácio do Alvorada. Segundo auxiliares, o petista condicionou a sua nomeação ao compromisso de ficar até o final do mandato, abrindo mão de disputar um cargo eletivo em 2026.

Havia uma avaliação à época de que o governo federal precisava intensificar a relação com os movimentos sociais de olho na disputa eleitoral do ano que vem. Boulos iniciou sua atuação política como líder do Movimentos dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), mas o histórico de base foi insuficiente para elegê-lo prefeito de São Paulo, com o apoio do PT, no ano passado.

A pasta de Macêdo é responsável pela articulação do governo com a sociedade civil, notadamente os movimentos sociais, as centrais sindicais e outras organizações. O ministro já recebeu uma bronca pública do presidente Lula durante ato esvaziado de 1º de Maio, em São Bernardo do Campo, onde decidiu não comparecer este ano, ainda que tivesse recuperado pontos com a organização do “G20 Social”, no Rio.

A aproximação abre divergências dentro do PSOL, já que uma resolução aprovada no início do governo prevê distância dos ministérios, exceção feita à Sônia Guajajara, que comanda o Ministério dos Povos Indígenas. A direção nacional do partido não faz objeção a entrada de Boulos no governo desde a primeira vez que o assunto veio à tona, mas parlamentares questionam a estratégia eleitoral em São Paulo e cobram postura crítica.

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