- Leia também: Após Millie Bobby Brown anunciar que adotou uma menina, veja outros ex-atores mirins que já são pais
- E mais: Cenas quentes com Jim Carrey, paixão pelo surfe, depilação completa para filme… As curiosidades sobre Rodrigo Santoro, que completou 50 anos em 2025
A trama de Benedito Ruy Barbosa aborda a imigração italiana no século XIX através da história dos protagonistas Matteo (Thiago Lacerda) e Giuliana (Ana Paula Arósio), que se conhecem num navio a caminho do Brasil, mas acabam se separando no desembarque.
No site Memória Globo, estão curiosidades e bastidores sobre a produção. Confira algumas delas abaixo:
Originalmente, “Terra nostra” estava planejada para ter três fases, com seu enredo terminando no ano 2000. O autor chegou a considerar uma sequência, intitulada “Terra nostra 2”, que teria como figuras centrais os descendentes de Matteo (Thiago Lacerda) e Giuliana (Ana Paula Arósio). Contudo, mesmo com o êxito da obra original, Barbosa decidiu revisitar o tema da imigração italiana em uma nova história, “Esperança” (2022), optando por não dar continuidade à novela.
A jovem atriz Maiara, intérprete de Aninha, filha da protagonista Giuliana, criou um vínculo tão forte com Ana Paula Arósio que passou a chamá-la de mãe. A menina cativou todo o elenco, e para que ela não precisasse deixar a novela quando sua personagem crescesse, os atores se empenharam em ensiná-la a andar.
“Terra nostra” marcou a estreia de Maria Fernanda Cândido como atriz na Globo. Na época, em uma pesquisa realizada pelo “Fantástico”, ela foi eleita a “mulher mais bonita do século”. E não foi só Maria Fernanda que estreou nesta obra. Aos 3 anos de idade, Nicolas Prattes também foi visto na TV pela primeira vez na trama de Benedito Ruy Barbosa.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/v/H/KmgzxpQWyofU5lNMy2gQ/nicolas-terra-nostra-2.webp)
O sucesso da novela foi tão grande que a Globo licenciou diversos produtos, como macarrão, vinhos e molhos de tomate, com a marca “Terra nostra”. O mercado informal também entrou na onda, e os camelôs e bancas de jornal vendiam bonecos como se fossem Matteo, Giuliana e Paola (Maria Fernanda Cândido). Os brinquedos eram comprados no Paraguai, e a única semelhança deles com as personagens da novela eram as roupas.
“Terra nostra” estreou na emissora portuguesa SIC dois meses após ser lançada no Brasil. A obra se tornou uma das mais vendidas para o exterior e foi exibida em mais de 80 países como Colômbia, Croácia, El Salvador, Espanha, França, Guatemala, Honduras, Israel, Itália, Letônia, Lituânia, Marrocos, Romênia e Sérvia.
A busca pelo navio dos primeiros capítulos foi um grande desafio. No sul da Inglaterra, o S.S. Shieldhal, construído em 1940, foi adaptado para ser o Andrea I de “Terra nostra”. Southampton, a cidade portuária de onde partiu o Titanic, foi escolhida para as filmagens do embarque e da travessia. Já o desembarque no Brasil aconteceu no porto de Santos, em São Paulo.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/u/t/FFnMV7TJyhMReL7PfSZw/navio.webp)
Cena inspirada em fatos reais
Em uma das cenas da primeira fase da novela, enquanto o navio faz a travessia rumo ao Brasil, os tripulantes ameaçam jogar um bebê no mar. A criança é filha dos italianos Leonora (Lu Grimaldi) e Bartolo (Antonio Calloni). Acreditava-se que ela estava morta, vítima da peste que tomou conta da embarcação. No entanto, o bebê chora quando é tirado dos braços da mãe. A sequência foi inspirada da história real de uma idosa que relatou tudo que aconteceu com ela para Benedito através de uma carta. A senhora afirmou ser a criança que quase foi jogada ao mar e autorizou o autor a usar a história dela na novela.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/H/m/0F6pm7SuWOrElez6SALA/lugrimaldi.webp)
Plantações de café e fazendas
As cenas de plantações de café foram feitas em Pinhal, São Paulo, um dos poucos locais onde o cultivo ainda era manual. Já as fazendas históricas que aparecem na trama ficam localizadas em Santa Rita de Jacutinga, Minas Gerais. Fundada em 1760, a fazenda Santa Clara, do coronel Gumercindo (Antonio Fagundes), é a única no Brasil a preservar instrumentos de tortura da escravidão. A “sala dos castigos” foi adaptada como camarim para a equipe de quase 50 pessoas.
Pintura de cabelo fio a fio
Intérprete do coronel Gumercindo, Antonio Fagundes usava cabelo e barba pretos na novela. Como no teatro ele interpretava um senhor idoso, o ator pintava os cabelos de preto diariamente, fio a fio, com rímel preto à prova d’água. Esta foi uma sugestão da produção, uma vez que o ator só ficaria na trama por 40 capítulos. O processo levava, em média, uma hora e meia de duração. O sacrifício se tornou maior quando o autor fez ajustes na narrativa, e Fagundes ficou na história por 220 capítulos. Ele gastava cerca de quatro horas, todos os dias, lavando os cabelos com sabão de coco para tirar o rímel e poder dar vida ao seu personagem no teatro.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/L/k/QQXDLkRSS7cNmCFhjMEA/assets-fotos-665-antonio-fagundes-relembra-papel-em-terra-nostra-1457bef045dd.jpg)
Os lenços estilo camponesa de Giuliana e os bonés de Matteo começaram a fazer sucesso nas ruas e viraram moda.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/O/D/MHhfBYSICeyEZ2nnc0fA/assets-fotos-665-terra-nostra-sera-reprisada-no-edicao-especial-d94f3877e762.jpg)