Simony anunciou em suas redes sociais que está em remissão do câncer de intestino, diagnosticado em 2022. A artista, de 47 anos, celebrou a boa notícia com um depoimento emocionado no Instagram, destacando os desafios enfrentados durante o tratamento. “Teve rádio, teve químio, teve imunoterapia. Teve dias em que meu corpo queria parar, mas minha alma insistia em seguir. E eu segui”, escreveu.
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Mas o que significa estar em remissão? A remissão não é, necessariamente, sinônimo de cura. Segundo o oncologista Dr. Ramon Andrade de Mello, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia, o termo indica que os sinais e sintomas do câncer estão ausentes ou significativamente reduzidos, podendo ser temporária ou permanente.
“A remissão pode ser parcial, quando há diminuição do tamanho do tumor, ou completa, quando todos os sinais da doença desaparecem após o tratamento. Mesmo na remissão completa, isso não garante que o câncer foi curado, mas representa um avanço importante no controle da doença”, explica o especialista.
De acordo com o médico, a palavra “câncer” ainda carrega forte estigma social, muitas vezes sendo associada a um prognóstico fatal. No entanto, ele reforça que o diagnóstico não deve ser encarado como sentença definitiva: com tratamento adequado, há espaço para boas notícias, como a remissão e, em alguns casos, a cura.
Além da remissão, outros conceitos também geram dúvidas entre pacientes, como regressão, seguimento e cura. Segundo o Dr. Ramon, regressão está relacionada à redução do tumor em resposta ao tratamento, enquanto o seguimento oncológico diz respeito ao acompanhamento médico contínuo após o fim da terapia, essencial para detectar possíveis recidivas ou novas alterações.
“Mesmo sem sintomas, o paciente precisa continuar fazendo exames físicos e laboratoriais com regularidade. Isso permite identificar precocemente qualquer sinal de retorno da doença”, destaca o oncologista.
A cura, por sua vez, é considerada quando o paciente permanece em remissão completa por pelo menos cinco anos. Ainda assim, o acompanhamento deve continuar, já que algumas células cancerosas podem permanecer no organismo de forma latente.
Por fim, o especialista reforça a importância do diagnóstico precoce e da adesão ao tratamento prescrito. Alguns tipos de câncer têm altas taxas de cura, até mesmo em estágios mais avançados, se forem tratados corretamente. Por isso, seguir o protocolo médico é fundamental”, conclui.
