O Supremo Tribunal Federal (STF) montou a estrutura de um ambulatório do lado de fora da sala de sessões da Primeira Turma, local onde ocorre, a partir desta terça-feira, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus da trama golpista.
O posto de atendimento médico provisório conta com uma maca, cadeiras e foi separado por biombos, que isolam o local do corredor que dá acesso aos gabinetes de três ministros — entre eles o gabinete de Alexandre de Moraes.
A sala de atendimento médico improvisada já vem sendo adotada desde o julgamento do recebimento da denúncia contra Bolsonaro e os outros réus, em março. A instalação foi feita também durante os interrogatórios dos acusados, e até hoje não foi usada nenhuma vez.
O GLOBO apurou que o protocolo passou a ser usado depois que o tenente-coronel Mauro Cid, réu que fez uma delação premiada, passou mal ao ser informado de que seria preso novamente, em fevereiro deste ano, durante audiência para prestar esclarecimentos sobre a colaboração
Além de Moraes, os ministros Luiz Fux e Edson Fachin também têm gabinetes no terceiro andar do edifício anexo do STF.
A estrutura está montada nos fundos da sala da Primeira Turma, no lugar por onde entram e saem os ministros, servidores, assessores e integrantes da Procuradoria-Geral da República (PGR). O público e os réus acessam o plenário por uma entrada diferente.
Nesta segunda-feira, véspera do início do julgamento, a sala do colegiado já está montada e preparada para receber as primeiras medidas de segurança que serão empregadas pelo Supremo, como a varredura com cães farejadores e inspeção dos agentes da polícia Judiciária.