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Sucesso em ‘Vale tudo’, Alexandre Nero reflete sobre a vilania de Marco Aurélio e confessa frio na barriga: ‘Símbolo da teledramaturgia brasileira’

BRCOM by BRCOM
maio 3, 2025
in News
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Reginaldo e Alexandre registraram encontro na escola dos filhos/netos — Foto: Reprodução / Instagram

Na pele do cafajeste Marco Aurélio, no remake de “Vale tudo”, o ator Alexandre Nero, 55 anos, volta a brilhar, como já tinha feito — para ficar em um exemplo — no papel do Comendador José Alfredo em “Império” (2014), novela que ganhou um Emmy Internacional. Aliás, os dois personagens têm em comum o fato de serem ricos e, digamos, turrões. Só que o ator enxerga diferenças importantes entre eles:

“O Comendador, apesar de ser rico, era um homem de hábitos simples, nunca deu valor às etiquetas e, mesmo sendo um homem sofrido, não maltratava pessoas socialmente. Já Marco Aurélio é esnobe, ostenta e não se mistura com quem não lhe interessa socialmente ou financeiramente.”

O Marco Aurélio, concebido por Gilberto Braga em 1988, na versão original de “Vale tudo”, vivido por Reginaldo Faria, é um protótipo do empresário — podia ser, por que não?, um político — sem escrúpulos. Um corrupto. Apesar dos péssimos rótulos, as atuações de Nero têm despertado, veja só, carinho pelo personagem. Nas redes sociais, estão se multiplicando os comentários de quem tem adorado as tramoias do canalha de marca maior.

“Minha hipótese é que o vilão pode bailar. Ir além, e com isso fazer com que o público se sinta livre para imaginar. E o vilão provoca os desejos mais primitivos, e isso nos afeta, para o bem e para o mal, e afetar é a base do entretenimento. Quer dizer, o Marco Aurélio real, ninguém compactua. Porém, com o Marco Aurélio da ficção é possível dar risada dos absurdos”, analisa o ator.

Nero, aliás, confessa estar ansioso para reviver a cena mais marcante do seu personagem na versão original, e que foi ao ar no último capítulo — quando Marco Aurélio deu uma “banana” para o Brasil enquanto fugia do país em um jatinho:

“É um símbolo que marca a teledramaturgia brasileira. A primeira novela onde o ‘Brasil mostra a tua cara’ mesmo. Não só por isso, mas pela subversão da ideia de que ‘o bem sempre vence no final’.”

Veja outras perguntas e respostas de Nero à coluna:

Não posso deixar de perguntar sobre referências. No caso, talvez a principal seja Reginaldo Faria e a primeira versão do Marco Aurélio. Vimos que vocês se encontraram na escola dos filhos/netos. Chegaram a conversar sobre o personagem? Você sabia que o Reginaldo tinha netos na escola?

Sabia que Reginaldo tinha netos na escola mas nunca havíamos nos encontrado por lá. Foi uma feliz coincidência. Eu já conhecia o Reginaldo de uma outra novela que já havíamos feito juntos, Paraíso. Eu fazia um personagem que havia sido do grande Roberto Bonfim. Quando soube que faria Marco Aurélio, liguei pro Reginaldo para pedir a benção, uma tradição e um ato de gentileza no teatro. Conversamos rapidamente por telefone onde ele me contou algumas boas histórias da época e suas inspirações para a construção do seu Marco Aurélio. Mas não assisti a novela, justamente para não me influenciar, porque o Reginaldo é uma personalidade muito forte e eu achava que era necessário que eu achasse o Marco Aurélio meu.

Reginaldo e Alexandre registraram encontro na escola dos filhos/netos — Foto: Reprodução / Instagram

A nova versão da novela busca “atualizar” o Brasil após mais de 30 anos. Há algo de “novo” em homens sem escrúpulos como o Marco Aurélio — sem limites, preconceituosos? Você já conheceu algum “Marco Aurélio” na vida real?

Não sei se algo novo, mas hoje talvez já não seja mais possível estereotipar personagens desse tipo. Antigamente o olhar era claro, quem era o “bom” e quem era “mal”. Hoje podemos trabalhar a verossimilhança nos personagens, mostrar seus defeitos e qualidades, assim como todos nós. Assim como a vida.

No mês passado, na Câmara Municipal de Curitiba, a bancada bolsonarista conseguiu rejeitar um projeto que concedia a Alexandre Nero o título de “Vulto Emérito” da sua cidade natal por ser “um dos grandes nomes da dramaturgia brasileira”. O motivo alegado foi um texto publicado pelo ator nas redes sociais, em que ele criticava o “fascismo” em Curitiba. Ou seja: talvez seja o caso de dizer que o Brasil do remake de Vale Tudo seja mais polarizado e, principalmente, intolerante do que o país do folhetim original, em 1988. Mas isso é outra história.

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