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Suspeito morto na Ladeira dos Tabajaras pediu R$ 3 milhões ao estado após ficar preso por quatro anos

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abril 16, 2025
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Policiais civis durante operação na Ladeira dos Tabajaras, nesta terça-feira — Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo

William do Amaral Gomes, o Marmitão, de 44 anos, tinha oito passagens pela polícia e foi um dos cinco suspeitos mortos, nesta terça-feira (15), durante uma operação policial na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Antes disso, em 2022, ele chegou a processar o estado após ter ficado preso mais de quatro anos por ser um dos acusados de participar da morte de um mototaxista, assassinado em 2015, no interior da comunidade. No processo, a defesa de Marmitão pediu uma indenização de R$ 3 milhões por danos morais. Entre os argumentos usados, está a alegação de que ele ficou detido em uma unidade com aglomerado de detentos, cercado com todos os tipos de malfeitores e que, entre outras coisas, se alimentou de comida azeda.

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A solicitação feita à Justiça também incluiu que Marmitão dormiu em local insalubre e viveu a realidade do terror do mundo carcerário. Além disso, alegou violência física e moral sofrida por ele nos anos em que ficou privado de sua liberdade sem haver condenação. Marmitão é tio de Vinicius Kleber Di Carlantonio Martins, o Cheio de Ódio. Apontado como chefe do tráfico dos Tabajaras, Cheio de Ódio morreu no mesmo confronto em que o tio foi baleado e morto nesta semana.

Cheio de Ódio é irmão de Bruno Di Carlantônio Martins, o Bruninho BR, uma das pessoas filmadas e denunciadas pela aposentada Joana Zeferino da Paz. Há 20 anos, ela ficou conhecida como Dona Vitória após usar uma filmadora para registrar, do apartamento onde morava, a movimentação de traficantes, viciados e policiais corruptos na Ladeira dos Tabajaras. Bruninho BR foi condenado a uma pena de 32 anos e oito meses de reclusão. Ele chegou a ser preso, mas fugiu em 2013. Dois anos depois, em junho de 2015, ele morreu após trocar tiros com policiais na Linha Amarela.

Cheio de Ódio, segundo a polícia, também seria um dos homens envolvidos na morte do policial João Pedro Marquini, assassinado a tiros, na Serra da Grota Funda, no último dia 30. Marido da juíza Tula Mello, o agente foi baleado ao desembarcar de um Sandero, após bandidos fecharem uma estrada para roubar carros. A magistrada dirigia outro veículo, que seguia atrás do automóvel guiado pelo esposo, e conseguiu escapar da ação sem ferimentos. Ele teve um Outlander blindado atingido por tiros de fuzil.

Policiais civis durante operação na Ladeira dos Tabajaras, nesta terça-feira — Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo

Numa sentença de 2023, o juízo da 8ª Vara de Fazenda Pública negou o pedido feito pela defesa de Marmitão, em 2022, que solicitava uma indenização de R$ 3 milhões por William permanecer preso por um período de quatro anos, seis meses e 23 dias pela morte do taxista Francisco Mardoque Camilo Ximenes, cujo corpo nunca foi encontrado. A investigação da época apontou que a vítima teria sido morta após se desentender com uma pessoa ligada a Ronaldo Pinto Lima e Silva, o Ronaldinho Tabajara, traficante que, segundo a polícia, comanda o tráfico da Ladeira dos Tabajaras, mesmo estando preso em um presídio federal.

Cartaz do Disque-Denúncia pede informações sobre traficante que participou de morte de agente da Core — Foto: Reprodução
Cartaz do Disque-Denúncia pede informações sobre traficante que participou de morte de agente da Core — Foto: Reprodução

Por falta de provas, Marmitão os outros seis réus foram impronunciados pela morte do taxista e o processo foi extinto sem a necessidade da realização de um julgamento. Por conta da impronúncia, a defesa de William entrou com um pedido de indenização por danos morais, mas a solicitação foi negada pela Justiça.

Investigações indicam que a morte de Marquini ocorreu após o traficante Ronaldo Pinto Lima e Silva, o Ronaldinho dos Tabajaras, dar ordem, de dentro da prisão, para que Cheio de Ódio fosse até a Favela de Antares, em Santa Cruz, na Zona Oeste, para tentar invadir o local, atualmente dominado pela milícia. A tentativa de invasão aconteceu na noite do dia 30 e houve tiroteio. Durante o confronto entre milicianos e traficantes, um Tiggo 7, usado pelo grupo de Cheio de Ódio, foi atingido por tiros e teve o vidro danificado. Ao retornar para Copacabana, o grupo atravessou o automóvel na Serra da Grota da Funda a fim de roubar outro carro e trocar de veículo. Ao se deparar com os bandidos, Marquini desembarcou de um Sandero e foi baleado e morto.

Nesta terça-feira, agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) realizaram uma operação com auxílio de helicópteros na Ladeira dos Tabajaras para prender os assassinos do policial João Pedro Marquini.

Houve tiroteio e cinco suspeitos morreram. Os policiais responsáveis pela apuração da autoria da morte de Marquini identificaram que Cheio de Ódio e outros dois bandidos, Walace de Andrade de Oliveira, o Chocolate, e Antônio Augusto D’Angelo da Fonseca, participaram do assassinato do agente da Core. Chocolate continua foragido, mas Antônio Augusto foi preso na noite desta terça-feira, em Copacabana, na casa de um parente.

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