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Tarifas de Trump podem encarecer iPhone com inclusão de países para onde a Apple foi para escapar delas

BRCOM by BRCOM
abril 3, 2025
in News
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Linha de produção de carregadores de celular na Sancraft, em Sriperumbudur, Índia: peças de plástico para fornecedores da Apple — Foto: Atul Loke/NYT

Quando o presidente Donald Trump impôs tarifas à China pela primeira vez, em 2018, a Apple começou a transferir mais produção de iPads e AirPods para o Vietnã e de iPhones para a Índia. Mas, com o retorno de Trump à Casa Branca, essa estratégia pode ter saído pela culatra para a empresa de capital aberto mais valiosa do mundo.

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Na quarta-feira, Trump anunciou que os Estados Unidos aplicarão tarifas de 46% ao Vietnã e 26% à Índia. A Casa Branca afirmou que as tarifas entram em vigor imediatamente, embora alguns especialistas em comércio as considerem preliminares, pensadas como ponto de partida para negociações que reduzam tarifas internacionais.

As tarifas propostas ameaçam aumentar ainda mais a pressão sobre os negócios da Apple.

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A empresa já enfrenta tarifas de 20% sobre produtos importados da China, onde fabrica cerca de 90% dos iPhones que vende globalmente. Trump disse que, sob seu novo plano tarifário, essa alíquota subiria para 34%. Um porta-voz da Apple se recusou a comentar.

Linha de produção de carregadores de celular na Sancraft, em Sriperumbudur, Índia: peças de plástico para fornecedores da Apple — Foto: Atul Loke/NYT

Embora a Apple seja a empresa de tecnologia mais visivelmente afetada pelas tarifas, a maioria das outras do setor também será impactada — direta ou indiretamente. Google e Microsoft, por exemplo, não dependem tanto de fornecedores internacionais, mas mantêm negócios relevantes em eletrônicos de consumo. E as tarifas podem aumentar os custos de construção dos novos megacentros de dados que essas empresas estão planejando para desenvolver tecnologias de inteligência artificial.

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  • Estratégia de Trump vai além da China
  • Custo de iPhones vai subir
      • Tarifas de Trump podem encarecer iPhone com inclusão de países para onde a Apple foi para escapar delas

Estratégia de Trump vai além da China

As novas tarifas fazem parte do esforço de Trump para reformular o comércio global, impondo taxas a todos os países que cobram tarifas sobre exportações americanas. Autoridades comerciais dos EUA estimam que a Índia impõe uma tarifa média de 13,5% sobre produtos dos EUA, com uma alíquota de 39% sobre produtos agrícolas. O Vietnã aplica tarifa média de 8,1%, com 17,1% sobre produtos agrícolas.

Mas, durante a entrevista coletiva na Casa Branca hoje em que anunciou novas medidas protecionistas, Trump afirmou que a combinação de tarifas, manipulação cambial e barreiras comerciais tem um impacto muito mais significativo.

O presidente Donald Trump fala durante um anúncio de tarifas no Rose Garden da Casa Branca — Foto: Kent Nishimura/Bloomberg
O presidente Donald Trump fala durante um anúncio de tarifas no Rose Garden da Casa Branca — Foto: Kent Nishimura/Bloomberg

Os custos das chamadas “tarifas recíprocas”, como Trump as denomina, podem colocar os negócios da Apple em apuros. iPhones, iPads e Apple Watches representam três quartos dos quase US$ 400 bilhões em receita anual da empresa.

Com Trump dizendo que não permitirá isenções para produtos, a Apple terá que arcar com essas tarifas — o que reduzirá seus lucros — ou repassar os custos adicionais aos consumidores, aumentando os preços.

Custo de iPhones vai subir

Segundo o Morgan Stanley, as tarifas sobre iPhones e outros dispositivos importados da China aumentarão os custos anuais da Apple em US$ 8,5 bilhões, caso não haja alívio por parte do governo Trump. Isso reduziria os lucros da empresa no próximo ano em US$ 0,52 por ação, ou cerca de US$ 7,85 bilhões — uma queda de aproximadamente 7% nos lucros projetados.

As ações da Apple caíram 5,7% no pregão pós-mercado após as declarações de Trump.

— A Apple vai pegar esses novos números de tarifas e colocá-los em modelos que já tem prontos, e saberá em poucas horas o tamanho do problema — disse Anna-Katrina Shedletsky, fundadora da Instrumental, uma empresa da Bay Area que usa inteligência artificial para melhorar o desempenho da manufatura. Ela trabalhou anteriormente na Apple.

Após Trump assumir o cargo, Tim Cook, CEO da Apple, foi à Casa Branca e prometeu que a empresa investiria centenas de bilhões de dólares nos Estados Unidos. Em fevereiro, a Apple cumpriu essa promessa ao anunciar um investimento de US$ 500 bilhões no país, valor que já estava parcialmente incluído nos planos de gastos da empresa.

Durante o governo anterior de Trump, Cook trabalhou para estabelecer uma boa relação com o presidente, o que ajudou a Apple a evitar tarifas sobre a maioria de seus produtos. As autoridades comerciais da gestão Trump anterior não aplicaram tarifas sobre iPhones e retiraram as tarifas do Apple Watch.

Tim Cook, líder da Apple — Foto: David Paul Morris/Bloomberg
Tim Cook, líder da Apple — Foto: David Paul Morris/Bloomberg

Em 2019, Trump visitou uma fábrica da Apple no Texas que produzia computadores de mesa. Cook ficou ao lado do presidente, que assumiu o crédito pela instalação — embora ela já fabricasse computadores desde 2013.

Desde então, a Apple não transferiu a produção de nenhum grande produto para os EUA. Em vez disso, iniciou um esforço para diversificar além da China.

Em 2017, quando Trump assumiu o cargo, a Apple começou a montar linhas de produção de iPhones na Índia. Levou cinco anos para treinar trabalhadores e construir a infraestrutura necessária para fabricar os modelos mais recentes no país. A empresa está ampliando a produção local, com a meta de que as fábricas indianas produzam cerca de 25% dos 200 milhões de iPhones vendidos anualmente.

A Apple também começou a transferir a produção de AirPods, iPads e MacBooks para o Vietnã. O país se tornou um destino atrativo para a Apple e outras empresas após os fechamentos de fábricas na China durante a pandemia de COVID-19, em 2020. Em 2023, as fábricas vietnamitas representavam mais de 10% dos 200 principais fornecedores da empresa.

O Vietnã era atrativo por sua proximidade com a China. Já a Índia era estratégica porque a Apple queria impulsionar as vendas de iPhones no país, o segundo maior mercado de smartphones do mundo.

Mas a Apple já enfrentou dificuldades com a produção nos EUA. A fábrica do Texas que produzia Macs teve problemas quando funcionários abandonaram seus postos antes da chegada dos substitutos, o que forçou a paralisação da linha de montagem. A empresa também teve dificuldades para encontrar fornecedores locais que pudessem fabricar componentes sob medida, como parafusos personalizados.

Cook afirmou que os Estados Unidos não têm trabalhadores industriais qualificados em número suficiente para competir com a China. Em uma conferência no final de 2017, ele disse que a China é um dos poucos lugares onde a Apple pode encontrar, com regularidade, pessoas capazes de operar as máquinas avançadas usadas na fabricação de seus produtos.

— Nos EUA, se você quiser fazer uma reunião com engenheiros de ferramentaria, talvez nem consiga encher uma sala — disse Cook. — Na China, você encheria vários campos de futebol.

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