Tendência de verão? Bronzeamento coletivo de mulheres com biquínis de fita isolante na Praia de Ipanema viraliza

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O grupo estava reunido na altura do Posto 8 da Praia de Ipanema, próximo à barraca 51. Eram clientes de Danielle Fernanda, conhecida como Dani da Marquinha, que atua desde o ano passado ao lado da barraca 51, na altura da Rua Maria Quitéria. Ao ver as publicações na web, ela ficou feliz com a repercussão do trabalho.

— Fiquei surpresa porque nunca pensei que alguém iria passar lá e filmar. Ainda bem que foi uma postagem positiva, pelo que reparei nos comentários — conta Dani, que garante ter clientes de diferentes bairros do Rio e da Baixada Fluminense, além de estrangeiras.

O processo de bronzeamento dura pelo menos duas horas, segundo Dani, para que a conhecida marquinha seja alcançada. Mas a cliente pode ficar mais tempo ao sol. Nas imagens que viralizaram, elas estão de pé para bronzear as costas, na primeira parte do tratamento estético. Isso pode ser feito também com as clientes deitadas. Em um segundo momento, elas se sentam para pegar sol na frente do corpo. Sempre com cuidado nos movimentos para a fita não descolar.

— Cada cliente escolhe qual é a marquinha que ela mais gosta, mais fininha ou mais grossinha. O segredo é a montagem. Uso também a fita prata, que é hipoalergênica e protege o bico do peito — completa ela.

O valor do serviço é de R$ 50, e as mulheres têm as fitas colocadas no corpo atrás de uma cortina, numa cabine improvisada. Além disso, Dani passa nelas um produto feito com parafina, que funciona como bronzeador.

Embora a técnica já faça sucesso na cidade, com empreendedoras como Rose do Bronze, que tem um milhão de seguidores no Instagram, a prática tende a ganhar espaço nas praias no próximo verão, aposta Dani.

— A marquinha é a cara do verão, é a cara do Rio de Janeiro. Tenho clientes que vêm de fora da cidade, porque dizem que a única marquinha de fita legítima é daqui. Costumo dizer que o biquíni de fita é a arte que realça a beleza de uma mulher.

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Embora Dani da Marquinha tenha considerado a repercussão positiva, em muitos comentários os internautas demonstram preocupação com a exposição demasiada das mulheres que se bronzeiam com os biquínis de fita isolante ao sol. A dermatologista Ana Luisa Sampaio, assessora científica da Sociedade Brasileira de Dermatologia, lista cuidados importantes para quem gosta de pegar praia na temporada mais quente do ano.

— Colar a fita isolante não é problema, a não ser que a pessoa tenha alergia à cola ou ao látex. O problema é o sol em excesso queimando a pele. Não há cuidado específico, além da proteção física e uso do filtro solar. É importante também evitar exposição ao sol entre 10h e 14h. Mas, no Brasil, qualquer hora tem muita exposição à luz ultravioleta. A orientação para não ter manchas, rugas e câncer de pele é não (se expor até) bronzear— explica.

A médica destaca ainda que mesmo em peles mais escuras, ou seja, com mais melanina, a exposição em excesso também traz envelhecimento da pele a longo prazo.

— Numa pele não tão desprovida de melanina, fazer um bronzeamento mais gradual que leve a um tom moreno sem o risco da queimadura solar é menos arriscado. Entretanto, no futuro esta pele ficará mais manchada e com rugas — completa ela, que também alerta para o cuidado no uso da parafina no sol. — Ela é um óleo e irá fritar a pele.