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Traído na Câmara, governo tenta encerrar relacionamento aberto com Centrão

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outubro 15, 2025
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Capa do audio - Bernardo Mello Franco - Conversa de Bastidor

O Planalto avisou: vai punir deputados que controlam cargos, mas votam contra o governo. As demissões começaram na sexta passada. Miram indicados do Centrão em ministérios, autarquias e bancos federais.

Ao justificar as degolas, a ministra Gleisi Hoffmann disse que “quem quer ficar no governo tem que votar com o governo”. Ela comparou os aliados infiéis a visitantes que “vivem na sua casa, comem da sua comida, mas não são leais com você”.

O ministro Celso Sabino preferiu recorrer a uma metáfora conjugal. “Não dá pra ser casado e levar vida de solteiro”, resumiu.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, Planalto e Centrão vivem um relacionamento aberto. Deputados fingem que apoiam o governo, e o governo finge que acredita no apoio. Enquanto a eleição não chega, os infiéis se lambuzam na máquina federal.

O caso do ministro do Turismo ajuda a ilustrar a barafunda. Filiado ao União Brasil, ele nunca evitou que a maioria dos correligionários votasse com a oposição. Agora resiste a uma ordem partidária para deixar o governo.

Sabino chegou a entregar uma carta de demissão, mas alegou ter mudado de ideia após uma conversa com o presidente. Ao anunciar o recuo, fez um pastiche da fala de Dom Pedro no Dia do Fico. Disse que permaneceria pelo bem do turismo e pela felicidade do povo do Pará.

O imperador se espantaria com a falta de cerimônia das autoridades republicanas. Ao vincular as demissões à derrubada de uma Medida Provisória, a ministra das Relações Institucionais escancarou o fisiologismo que pauta as negociações do governo com o Congresso.

Gleisi deixou claro que a partilha de cargos federais obedece à lógica do “toma lá, dá cá”. Não há novidade nisso, mas os organizadores da farra já foram mais discretos.

Sem base parlamentar estável, o Planalto agora tenta dosar a extensão da degola. O desafio é evitar que as dispensas virem pretexto para novas traições na Câmara. O risco é deixar que ameaças de punição caiam em descrédito.

Até aqui, não houve disposição para cortar cabeças coroadas. A guilhotina só alcançou ocupantes de cargos de segundo e terceiro escalão.

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