O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na quarta-feira que sua equipe jurídica está “analisando de perto” possíveis ações contra o New York Times, que ele acredita que podem ser responsáveis por “interferência ilegal, inclusive em eleições”.
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Em sua plataforma Truth Social, Trump criticou duramente a cobertura do New York Times sobre seu processo contra a Paramount, dona da CBS. “É vital que esses mentirosos e golpistas sejam responsabilizados”, escreveu.
A “Interferência ilícita” ocorre quando um contrato ou relacionamento comercial é intencionalmente comprometido por ações de terceiros.
O processo de Trump contra a Paramount se concentra em uma entrevista pré-eleitoral de 2024 no programa “60 Minutes” da CBS com a democrata Kamala Harris. Segundo Trump, a entrevista foi editada para remover uma resposta ruim.
Vários meios de comunicação dos EUA noticiaram nos últimos dias que a direção da Paramount concordou em chegar a um acordo com Trump, incluindo o New York Times, que apontou que muitos analistas jurídicos acreditam que o caso movido pelo presidente é infundado e provavelmente seria rejeitado ou fracassaria em razão das proteções à liberdade de imprensa.
“O caso que temos contra o 60 Minutes, a CBS e a Paramount é um verdadeiro sucesso”, declarou Trump na quarta-feira. “Apesar de tudo isso (…) o fracassado New York Times, que publica notícias falsas tanto em seus editoriais quanto em suas pesquisas, alega que as pessoas disseram que o caso não tem fundamento”.
Ainda de acordo com Trump, a situação é inédita, porque nunca antes houve “a criação ilegal de uma resposta para um candidato presidencial”.
“Eles devem pagar um preço por isso, e o Times também deve ser responsabilizado por seu provável comportamento ilegal”, escreveu.