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— Não quero responder a esse tipo de questão. É uma pergunta ridícula a me fazer. Não uma pergunta ridícula. Mas não seria uma pergunta ridícula para eu responder? Mas sinto que a Venezuela está sentindo a pressão. Acho que outros países também estão sentindo — declarou durante entrevista coletiva no Salão Oval.
Trump diz que seria ridículo responder se autorizou CIA a derrubar governo Maduro
O presidente americano disse ainda que considera atacar em terra cartéis da Venezuela, após uma série de golpes mortíferos em alto-mar contra supostas lanchas do narcotráfico. Se concretizada, ação marcaria mais um avanço na escalada de tensão entre os dois países.
— Certamente estamos pensando agora na terra, porque já temos bem sob controle o mar — declarou Trump, em resposta a uma pergunta da imprensa sobre a possibilidade de realizar ataques em terra.
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Desde agosto, Trump enviado tropas militares, embarcações e aeronaves de guerra ao mar do Caribe, perto da costa Venezuelana. Se sentindo ameaçado pelas movimentações dos EUA, Maduro chegou a convocar exercícios militares e treinamentos com civis no país.
Na terça-feira, o republicano anunciou um novo ataque contra uma suposta lancha com drogas procedente da Venezuela, no qual teriam morrido seis “narcoterroristas”. Até o momento, pelo menos 27 pessoas morreram nesses ataques em alto-mar realizados pelos EUA no Caribe. Trump justifica as ações acusando, sem evidências, os tripulantes das embarcações de serem narcotraficantes e acusa Maduro de liderar rede de narcotráfico.
Sobre usar a Guarda Costeira em vez de lançar os ataques, Trump completou dizendo que “nunca funcionou quando feito de uma maneira politicamente correta”.
Ainda não há detalhes sobre a nova autorização da CIA, que foi inicialmente descrita ao jornal americano New York Times por várias autoridades americanas sob condição de anonimato, mas ela permitiria à agência realizar operações letais na Venezuela e conduzir uma série de ações no Caribe. Dessa forma, a agência poderia agir de forma independente contra Maduro ou seu governo, ou em coordenação com uma operação militar maior. Antes, a agência só podia cooperar em segurança e inteligência com governos da região, sem poder realizar ataques diretos.
Especialistas questionam a legalidade desse tipo de operação, que utiliza força letal em águas internacionais contra suspeitos que não foram detidos nem interrogados. O governo Trump também enfrenta oposição dos democratas no Legislativo, que exigem explicações sobre os ataques. Segundo o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, alguns dos mortos nos ataques americanos no Mar do Caribe eram de nacionalidade colombiana.
