O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insinuou no domingo um avanço nas negociações de paz no Oriente Médio, em vésperas da visita à Casa Branca do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
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“Temos uma oportunidade real de registrar algo grande no Oriente Médio”, publicou Trump em sua plataforma Truth Social. “Todos a bordo para algo especial, por primeira vez. ¡Lo lograremos!”, escreveu em letras minúsculas.
Em declarações anteriores a jornalistas, Trump afirmou já ter elaborado um “acordo” capaz de pôr fim à guerra em Gaza, após o governo dos Estados Unidos apresentar no início da semana um novo plano de paz a Netanyahu e a diversos países árabes e muçulmanos.
“Será um acordo que recuperará os reféns. Será um acordo que poderá acabar com a guerra”, prometeu o presidente estadunidense.
Segundo uma fonte diplomática, o plano dos EUA, com 21 pontos, prevê um cessar-fogo permanente em Gaza, a libertação dos reféns israelenses mantidos no território palestino, a retirada das tropas israelenses e a formação de um futuro governo em Gaza sem a presença do Hamás, cujo ataque de 7 de outubro de 2023 desencadeou o conflito.
Meios britânicos indicaram que o ex-primeiro-ministro Tony Blair poderia desempenhar papel relevante na transição em Gaza.
Em discurso na ONU, Netanyahu criticou o reconhecimento do Estado da Palestina por diversos países, incluindo França, Reino Unido, Canadá e Austrália, registrado no início da semana.
A criação de um Estado palestino seria um “suicídio nacional” para Israel, afirmou o mandatário, que prometeu “encerrar o trabalho” contra o Hamás “o mais rápido possível” na Franja de Gaza, devastada por quase dois anos de conflito.
Netanyahu deve visitar Trump na Casa Branca no final da tarde.
No ataque do Hamás em 7 de outubro de 2023, 1.219 pessoas morreram, segundo relatório da AFP com base em dados oficiais. Das 251 pessoas sequestradas durante o ataque, 47 permanecem retidas em Gaza, incluindo 25 que o exército israelense considera mortas.
A ofensiva de represália israelense deixou 66.025 mortos na população civil de Gaza, de acordo com dados do Ministério da Saúde controlado pelo Hamás, incluindo registros da ONU.