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Trump insiste que ‘todo mundo’ quer fazer um acordo comercial com EUA, mas não diz quem e como

BRCOM by BRCOM
abril 11, 2025
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Presidente Donald Trump durante reunião de Gabinete hoje na Casa Branca — Foto: Shawn Thew/EPA/Bloomberg

Um dia depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, ter recuado em suas tarifas recíprocas globais, ele e seu secretário de Comércio, Howard Lutnick, passaram a insistir que um país após o outro estava vindo até eles para fazer acordos e evitar mais prejuízos econômicos.

Querem, segundo ele, fazer concessões para evitar as sobretaxas que apresentou em uma cartolina nos jardins da Casa Branca no que chamou de “Dia da Libertação”. Mas o diabo está nos detalhes, e Trump e Lutnick ofereceram muito poucos.

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Em vez de apontar quais líderes mundiais os procuraram e em que condições, os dois repetem que as coisas dariam certo, sem dar maiores explicações.

— Todo mundo quer vir e fazer um acordo, e estamos trabalhando com muitos países diferentes, e tudo vai dar muito certo – disse Trump durante uma reunião de gabinete ontem. – Acho que vai funcionar muito, muito bem, estamos em boa situação.

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– Temos tantos países para conversar. Eles vieram com propostas que jamais, jamais, jamais teriam feito se não fossem as medidas que o presidente tomou exigindo que tratassem os Estados Unidos com respeito.

Presidente Donald Trump durante reunião de Gabinete hoje na Casa Branca — Foto: Shawn Thew/EPA/Bloomberg

Mas exatamente quais países podem fechar um acordo, e sobre o que, permanece incerto. Em sua maioria, os acordos que o governo Trump negocia provavelmente não serão tratados comerciais abrangentes, que podem levar anos para serem fechados e exigem aprovação do Congresso.

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Acordos mais limitados podem beneficiar alguns exportadores, mas não ajudar de fato a economia dos EUA ou reduzir o déficit comercial americano, alvo das críticas de Trump. Associações dos setores de manufatura, tecnologia e varejo em Washington disseram na quarta-feira que não tinham ouvido nenhum sinal de que os acordos estivessem se concretizando.

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  • Taxação incide sobre o que o americano consome
  • Sem detalhes, sem cobranças
      • Trump insiste que ‘todo mundo’ quer fazer um acordo comercial com EUA, mas não diz quem e como

Taxação incide sobre o que o americano consome

Enquanto isso, o S&P 500 (índice que reúne as ações das 500 maiores empresas de capital aberto nos EUA) despencou 3,5% na quinta-feira, com os investidores ainda preocupados com a volatilidade provocada pela abordagem de Trump.

Mesmo com a pausa de 90 dias anunciada pelo presidente na quarta, as tarifas impostas por ele ao mundo continuam extremamente altas. Produtos vindos da China agora enfrentam uma tarifa mínima de 145%, um aumento drástico para um país que fornece grande parte do que os americanos consomem.

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Após o anúncio das tarifas de Trump na semana passada, autoridades estrangeiras correram para Washington tentando evitar as sanções. Autoridades do governo disseram que mais de 75 países haviam entrado em contato, e o representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, reuniu-se com autoridades da Europa, Coreia do Sul, Equador e México na terça-feira.

Segundo Greer, autoridades vietnamitas se ofereceram para cortar preventivamente suas tarifas sobre maçãs, cerejas e etanol americanos, e levaram a uma reunião na capital americana um termo de compromisso detalhando as mudanças que estavam dispostos a fazer.

Na quinta-feira, o gabinete do secretário do Tesouro, Scott Bessent, divulgou um resumo das discussões do governo com o vice-primeiro-ministro do Vietnã, Ho Duc Phoc. Trump disse na semana passada que os Estados Unidos haviam começado a discutir as tarifas com o Vietnã.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent — Foto: AFP
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent — Foto: AFP

“Durante suas conversas, o secretário Bessent enfatizou a importância do engajamento contínuo com os parceiros comerciais e da necessidade de progresso rápido e demonstrável para resolver as questões pendentes”, dizia o comunicado. E foi o máximo de especificidade apresentado.

Sem detalhes, sem cobranças

Trump tende a preferir falar em termos vagos, em parte porque isso lhe dá flexibilidade para não ser cobrado por promessas. Mas essa falta de especificidade, e a ausência de clareza sobre qual seria o objetivo final, foram parte do motivo pelo qual os anúncios de tarifas causaram turbulência nos mercados.

Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional, disse que havia conversado com o presidente da Suíça na manhã de quinta sobre um acordo. Ele afirmou que o Escritório do Representante de Comércio dos EUA “já tinha propostas na mesa de mais de 15 países”.

Bessent disse que havia conversado com representantes do Vietnã na quarta e que teve um “bom papo” com o embaixador japonês, na noite anterior, durante uma festa das cerejeiras.

O Japão estava na frente da fila por um acordo comercial, seguido pela Coreia do Sul e pela Índia, disse Bessent na quarta. Ele acrescentou que quaisquer acordos comerciais seriam “sob medida” e “levariam algum tempo”, porque Trump queria estar pessoalmente envolvido.

Uma pessoa familiarizada com as discussões disse que autoridades japonesas estavam tentando garantir que seu país estivesse entre os primeiros a fechar um acordo, mas que as conversas poderiam ser mais difíceis por causa de disputas de longa data em setores como automóveis e aço.

O Japão e os Estados Unidos têm disputas comerciais de longa data desde a década de 1980 — a era à qual Trump gostaria que a manufatura americana retornasse. No primeiro mandato, Trump assinou um “miniacordo” com o Japão que abordava apenas alguns setores e buscou o mesmo tipo de acordo limitado com a Índia e outros países.

Há poucos sinais de que os Estados Unidos começarão a negociar ativamente com a China em breve, embora Trump tenha dito na quinta que o líder chinês, Xi Jinping, “é meu amigo há muito tempo”.

– Vamos ver o que acontece com a China – disse Trump. – Adoraríamos conseguir fechar um acordo.

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