A magia do cinema vai ocupar praças da Zona Norte com arte, histórias e cheiro de pipoca. Começa neste fim de semana a 12ª edição da Mostra Nacional de Cinema Infantojuvenil, com sessões gratuitas a céu aberto em bairros como Lins de Vasconcelos, Madureira e Tijuca. A estreia será nesta sábado (12), na Praça de Cachoeira Grande, no Lins, com sessões às 18h30 e 20h, incluindo debates e quiz valendo brindes ao final da sessão.
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Realizado pelo projeto Curta na Praça, o evento busca aproximar o público de narrativas brasileiras que valorizam a diversidade, a cultura nacional e temas essenciais da atualidade — como racismo, preconceito religioso, bullying, imigração e inclusão.
O Curta na Praça é idealizado pela atriz Juliana Teixeira e realizado pela Associação Caminho da Cultura, com patrocínio da Light, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Ao todo, 16 filmes de ficção e animação de diferentes estados do Brasil serão apresentados em praças públicas, com direito a pipoca, refrigerante e exibição acessível: todas as sessões contam com legendagem descritiva e janela com intérprete de Libras.
— Queremos que as crianças se vejam nas telas. Que sintam que o cinema também é delas. E que famílias inteiras possam se reunir num espaço de cultura e troca — diz Juliana.
Entre os destaques da mostra estão o premiado “Contos mirabolantes: o olho do Mapinguari” (PA), “Meu nome é Maalum” (RJ), “Lily’s hair” (GO) e “O véu de Amani” (DF).
O evento também tem impacto direto nas comunidades, já que contrata moradores locais para integrarem a produção e prestarem serviços.
— É sobre ver, se ver e também fazer parte. O cinema vira uma experiência coletiva, afetiva e transformadora — frisa Juliana.
A programação pode ser consultada no Instagram @caminhodacultura. Depois do Lins, o projeto segue para Madureira e Tijuca. Ao todo, são esperados até 500 espectadores por sessão.
Sábado, às 18h30, a mostra será aberta com “Lé com cré”, dirigido por Cassandra Reis (SP), uma animação de cinco minutos realizada em stop motion com reflexões de crianças sobre dinheiro, medo e questões de gênero. Em seguida, o público confere “Os causos da bisavó”, de Rosa Berardo (GO), uma animação de nove minutos que narra os “causos” de assombração que impressionam a pequena Cora Coralina. Na sequência, será exibido “O celaticomus”, de Marcelo Tannure (MG), uma animação de 17 minutos premiada no festival Anima Mundi, que conta a história de uma misteriosa criatura do pântano. A última atração desta primeira etapa será a ficção “Dela”, de Bernard Attal (BA), com sete minutos, que trata de identidade e autoestima por meio da relação entre uma menina e seu pai.
Ainda neste sábado, a sessão das 20h, começa com o curta “Lily’s hair”, de Raphael Augusto da Silva (GO), uma ficção de 14 minutos sobre uma menina negra que não gosta dos seus cabelos e conta com o apoio de um amigo cadeirante para se redescobrir. Em seguida, será apresentado “O véu de Amani”, de Renata Diniz (DF), com 15 minutos, que acompanha uma jovem paquistanesa em sua adaptação ao Brasil. Depois, o público confere “Guri”, de Adriano Monteiro, com 13 minutos, que expõe o racismo na infância através da jornada de Victor, um menino prestes a disputar seu primeiro campeonato de bolinhas de gude. Encerrando a noite, será exibido o curta “O homem que virou meme”, de João Rabello (SP), uma ficção cômica de 11 minutos sobre um livreiro que vira meme na internet.
O circo e o teatro se encontram no palco do Teatro Municipal Ziembinski, na Tijuca, com a nova temporada do espetáculo infantojuvenil “E assim surgiu um circo”. Em cartaz até o próximo dia 27, sempre aos sábados e domingos, às 16h, a peça promete encantar públicos de todas as idades com acrobacias, brincadeiras, cantigas e palhaçadas.
A história é conduzida por dois personagens que recebem uma missão especial: revelar como nasce um circo. Unindo as linguagens do teatro e das artes circenses, o espetáculo conduz o público por uma narrativa repleta de aventuras, interatividade e encantamento visual. Tudo isso costurado por diálogos dinâmicos e elementos que despertam o olhar lúdico e crítico da plateia.
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Com produção do grupo Cirquinho, que desde 2019 desenvolve ações culturais voltadas à infância e à juventude, a montagem convida o espectador a revisitar o universo circense a partir de novas perspectivas.
— Em um espetáculo infantojuvenil, além de questões educativas, sociais e culturais para as crianças, compartilhamos de maneira lúdica os sentimentos de coletividade e ancestralidade — destaca o diretor Jean Fontes.
“E assim surgiu um circo” faz parte do edital Pró-Carioca, programa de fomento à cultura da prefeitura do Rio, por meio da Secretaria municipal de Cultura.
O ingresso custa R$ 30 (inteira), e a compra pode ser feita no site da Rio Cultura (riocultura.eleventickets.com).
