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Violenta jornada de protestos deixa um morto e 17 militares detidos no Equador

BRCOM by BRCOM
setembro 29, 2025
in News
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Protestos se intensificam no Equador — Foto: Reprodução / redes sociais

A jornada de protestos desse domingo no Equador deixou um manifestante morto e 17 militares retidos como resultado de violentos confrontos entre os mobilizados e as autoridades no Norte do país.

Na segunda-feira, a maior organização indígena do país, Conaie, convocou uma greve nacional por tempo indeterminado para protestar contra a alta dos preços dos combustíveis.

  • Noboa decreta estado de exceção devido a protestos contra o fim do subsídio ao diesel no Equador

O aumento dos preços da gasolina e do diesel já havia provocado forte mobilização durante os governos dos ex-presidentes Lenín Moreno e Guillermo Lasso, em 2019 e 2022.

A Conaie denunciou que o camponês indígena Efraín Fuerez, de 46 anos, foi “metralhado com três disparos” pelas Forças Armadas e morreu pela manhã no hospital de Cotacachi, na província de Imbabura, a pouco mais de 100km de Quito. A polícia e as Forças Armadas não se pronunciaram sobre a acusação.

Um vídeo compartilhado pela Conaie no X mostra um grupo de militares dando chutes em dois homens caídos, um aparentemente ferido e o outro tentando socorrê-lo.

“Responsabilizamos Daniel Noboa, exigimos uma investigação imediata e justiça para Efraín e sua comunidade”, acrescentou o movimento indígena junto às imagens sobre o “pai de dois filhos e pilar de sua família”.

Protestos se intensificam no Equador — Foto: Reprodução / redes sociais

Horas depois, na mesma cidade, as Forças Armadas do Equador acusaram manifestantes de ferir doze soldados e deter outros 17.

“Eles custodiavam um comboio de alimentos” e “foram violentamente emboscados por grupos terroristas infiltrados em Cotacachi”, disse o organismo militar no X.

Junto à mensagem, compartilharam imagens de militares ensanguentados e o vídeo de um deles sendo agredido entre gritos e empurrões de dezenas de pessoas, algumas com paus.

“Não me batam!”, ouve-se o soldado dizer.

“O que aconteceu em Cotacachi não foi protesto: foi uma emboscada covarde executada por estruturas criminosas – terroristas – que atacaram nossas Forças Armadas”, disse Zaida Rovira, ministra de Governo, no X.

O presidente de direita Daniel Noboa afirma que a quadrilha venezuelana Tren de Aragua está por trás das mobilizações e advertiu que os manifestantes que descumprirem a lei “serão denunciados por terrorismo e vão pegar 30 anos de prisão”.

Com o objetivo de desmobilizar os protestos, que começaram na última terça-feira, Noboa declarou estado de exceção em oito das 24 províncias do país. Em cinco delas também há toque de recolher noturno.

Mas muitos desafiaram a medida e saíram às ruas para bloquear estradas com barricadas e até troncos, além de enfrentar diretamente as autoridades.

A Conaie compartilhou no X vídeos de supostos disparos da polícia contra a população civil e acusou o Executivo de desencadear “uma caçada sangrenta contra o povo”.

“Militares e policiais disparam balas reais, dinamite e armamento letal contra comunidades indígenas”, disse em mensagem na rede social, apelando à ONU e à Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

Também denunciaram cortes no sinal de celular e de internet para silenciar as denúncias dos mobilizados pela greve nacional.

Desde o início dos protestos, foram registrados 48 feridos e 100 detenções, segundo a organização Aliança pelos Direitos Humanos Equador. Também advertiram sobre o “risco de graves violações aos direitos humanos (…) por parte dos militares”, diante do envio de um centenar de soldados à província de Imbabura.

Ali, a Procuradoria equatoriana informou que abrirá uma investigação para esclarecer a morte de Fuerez.

A Conaie liderou violentas manifestações que derrubaram três presidentes entre 1997 e 2005. O último protesto contra o aumento do preço dos combustíveis, contra o ex-mandatário Lasso em 2022, deixou seis mortos e mais de 600 feridos.

Os povos originários representam quase 8% dos 17 milhões de habitantes do Equador, segundo o último censo. Líderes indígenas sustentam que, de acordo com estudos antropológicos, somam 25%.

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