DJ também acaba de lançar festa com foco na house music e no protagonismo feminino Não foi em vão que Raul Seixas bradou “eu sou o mistério do Sol” na música “Nuit”. Ainda há muito a ser revelado sobre a obra do cantor e compositor que, se fosse vivo, completaria 80 anos ontem. Segredos que são parte importante do novo projeto da caçula de suas três filhas, a DJ Vivi Seixas. Ela anda se debruçando sobre o acervo do pai para produzir o espetáculo “Rock das aranhas live”, cuja estreia será no festival carioca Doce Maravilha, em setembro.
Será um live act em que ela e a parceira Paula Chalup vão tocar as faixas ao vivo, munidas de computadores, com direito a intervenções de Vivi ao microfone. “Vou contar histórias que só eu, como filha, sei”, adianta. Pesquisa que vai se desdobrar também em imagens projetadas pelo VJ Spetto. “O Raul era muito psicodélico. Tanto as músicas quanto os clipes são cheios de metáforas que estamos levando para grafismos mais modernos”, diz ele, que vem garimpando mais de cem horas de vídeos.
Com 22 anos de carreira, Vivi entrou na cena eletrônica quando havia bem menos mulheres ao seu lado e segue desbravando trilhas para pistas de dança comandadas por nomes mais diversos. Este é o mote da festa Tulipa, que ela acaba de lançar na D-Edge Rio. Uma experiência musical ancorada no vinil e na house music no protagonismo feminino nas pickups. “Houve avanços, mas ainda é desigual. Precisamos, o tempo todo, provar que somos capazes”, diz. “As mulheres ainda não têm tanta visibilidade na cena, e isso nada tem a ver com falta de talentos.” O nome disso, sabemos bem.

Vivi Seixas conta 'segredos' do pai, Raul, em novo espetáculo: 'Histórias que só eu seu'