Empresária, dançarina e influenciadora digital, Lore Improta estreia em breve no YouTube a série “Todo Mundo Cria”, uma produção que promete ampliar o debate sobre os desafios da maternidade. Com três episódios, a iniciativa reúne profissionais da área e mães que compartilham experiências reais, trazendo à tona dilemas comuns e a necessidade de uma rede de suporte.
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Os episódios, intitulados “Cadê o manual?”, “Cada um no seu tempo” e “E a tela pode?”, abordam questões práticas e emocionais que fazem parte do cotidiano das famílias contemporâneas. Desde que se tornou mãe de Liz, de 4 anos, Lore intensificou seu engajamento na temática, promovendo um diálogo aberto e sem tabus sobre os altos e baixos do processo de criação dos filhos.
Ao GLOBO, Lore destaca a urgência de tornar pública essa conversa, tão necessária para tantas mulheres que enfrentam a maternidade com solidão e sobrecarga.
— Quando virei mãe, percebi que a maternidade é transformadora, mas também pode ser muito solitária. Muitas mulheres ainda carregam essa sobrecarga em silêncio, achando que só elas passam por determinados desafios. Então, abrir essa conversa, de forma pública, é uma maneira de acolher, de mostrar que não existe só um caminho, que não estamos sozinhas. Eu mesma aprendo diariamente com outras mães, e acho que compartilhar essas vivências ajuda a criar uma rede de apoio que é essencial — afirma.
Lore defende a quebra do mito da “mãe perfeita” como um passo fundamental para que as pessoas se libertem das cobranças sociais e possam vivenciar essa fase da vida com mais leveza e autenticidade.
— É libertador! Porque a gente cresce ouvindo que a mãe tem que dar conta de tudo, ser paciente o tempo todo, não errar nunca. Só que a realidade não é assim. Eu gosto de mostrar que tenho dúvidas, que também me sinto perdida às vezes. E tudo bem! Criar um filho é um processo de aprendizado e, ao mesmo tempo, de autoconhecimento. Eu me redescobri como mulher depois de ser mãe, e acredito que assumir essas imperfeições ajuda outras mulheres a se sentirem mais leves e menos cobradas — diz.
Além disso, a série “Todo Mundo Cria” surge como um convite à corresponsabilidade na criação dos filhos, questionando a visão ainda predominante que atribui exclusivamente à mulher essa missão.
— Eu acredito que quando a gente abre o diálogo, todo mundo é convidado a participar. A maternidade não deveria ser vista como uma tarefa só da mãe. O pai, a família, a sociedade inteira precisam entender que criar uma criança é uma construção coletiva. Com o ‘Todo Mundo Cria’, eu quis justamente provocar essa reflexão: mostrar que existem várias vozes, várias perspectivas, e que dividir responsabilidades é fundamental para que a mãe não fique sobrecarregada. Quando existe empatia e rede de apoio, todo mundo cresce junto — declara.