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documentário em homenagem a Maguila conta história de ídolo do boxe brasileiro com entrevistas inéditas

BRCOM by BRCOM
outubro 24, 2025
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O lutador José Adilson Rodrigues dos Santos, "Maguila", treinando — Foto: Divulgação/Combate

A Globoplay lança nesta sexta-feira a série documental ‘Maguila – Prefiro ficar louco a morrer de fome’, em homenagem ao ídolo do boxe, José Adilson Rodrigues dos Santos, conhecido como “Maguila”, que completa um ano de morte neste dia. Com entrevistas de jornalistas e artistas que acompanharam sua carreira, como Raul Gil, Datena e Serginho Groisman, além de depoimentos de familiares, o documentário revisita a vida do lutador, mas trazendo um ponto de vista que sobressai à imagem da celebridade e se aprofunda nas contradições do homem. Dividida em quatro episódios, a história do peso-pesado é contada desde sua infância, no interior de Sergipe (MA), quando ainda passava fome, até o final de sua vida, quando foi acometido pela Encefalopatia Traumática Crônica, a “demência pugilística”.

— Todas as possibilidades que eu posso ter de existir no mundo derivam dele, então me emociona muito, que talvez as pessoas assistam e comecem a entender essa relação, muito íntima mesmo, que deriva do amor desse pai comigo — diz o filho caçula de Maguila, Júnior Ahzura. E continua: — Nos últimos anos de vida dele, a gente se aproximou muito mais. Nos comunicávamos pelo olhar, não precisávamos nem falar.

Embora seja semelhante fisicamente ao pai, Ahzura sempre teve gostos diferentes, tanto que se tornou um museólogo. Mas isso nunca foi um empecilho na relação dos dois.

— Quando viralizou um trecho de uma entrevista dele, antes do falecimento, em que ele disse que não ligava para a minha sexualidade, as pessoas ficaram muito chocadas, dizendo: “nossa, olha que exemplo, um cara como Maguila tem uma mente muito mais aberta, uma compreensão muito melhor do que outras pessoas” — diz Ahzura. E continua: — Mas na verdade ele é isso, ele sempre teve uma inteligência partindo do respeito também. Isso não foi diferente dentro de casa, fui muito preenchido por amor. No documentário tem imagens de arquivo do meu pai, que dá para ver nitidamente.

O lutador José Adilson Rodrigues dos Santos, “Maguila”, treinando — Foto: Divulgação/Combate

Esta visão mais intimista de Maguila é um dos objetivos do documentário, revela o diretor Rafael Pirrho, que também comandou produções como “O Caso Robinho”, “A Mão do Eurico” e “Senna por Ayrton”. Ele diz que elementos há elementos que não foram trabalhados sobre o ex-atleta e que “ultrapassar o boxe para falar de outras coisas da cultura brasileira”.

— As pessoas achavam que ele era um cara meio tosco, meio grosso, e quando você entende melhor o personagem, você vê que ele é um cara muito inteligente, com muita sagacidade. Então você vai trazendo outros temas — diz o diretor. E continua: — Não é que obrigatoriamente as pessoas vão mudar vendo o documentário, mas elas vão talvez ter mais elementos para entender se a imagem que o Maguila tem faz sentido com quem ele realmente era.

O primeiro episódio, segundo Pirrho, se chama “travessia”, pois começa em Aracaju, com o despertar para o boxe, e a transição a São Paulo, com todas as dificuldades vividas por ele, além da entrada no boxe. No segundo, chamado de “lutador”, há um foco no auge do Maguila até a luta contra o multicampeão americano Evander Holyfield, que é o ápice da carreira dele, segundo o diretor.

Os dois episódios seguintes “artista” e “doença”, são mais focados no pós-luta. O terceiro, sobre a descendência na carreira, quando Maguila não estava mais cotado para ser campeão do mundo, e a partir disso, ele se insere na cultura brasileira e nos programas de televisão, segundo Pirrho.

Os nocautes memoráveis reproduzidos no documentários constroem o ápice do protagonismo do atleta, mas a presença nos meios de comunicação também serviram para solidificar sua imagem, diz o diretor.

— Quando você se aprofunda na história dele, você encontra um cara muito inteligente, um cara que entendeu o lugar reservado a ele, com muito estereótipo, com preconceito, e falou: “esse é o espaço que me dão”, “esse é o espaço onde eu vou ocupar e usufruir dele”. E ele consegue estar muito presente nesse papel, muitas vezes, do cara engraçado, carismático, que ele era também, mas entendendo que esse é o espaço dele, e assim se beneficiando — diz Pirrho.

No entanto, também é abordado o impacto dos golpes para sua saúde e como isso afetou o final de sua trajetória. Mesmo não sendo fã do esporte, o diretor conta que justamente uma fala de Maguila sobre as consequências do esporte, foi o ponto de partida para o documentário.

— Quando eu estava lendo sobre ele, me chegou uma entrevista dele para o Jornal da Tarde, em 1984, naquela altura ele tinha um ano como profissional, era visto apenas como um boxador promissor, e o repórter da época perguntou para ele se não teria medo das sequelas do boxe, mas ele respondeu: “não tenho medo de ficar louco, não deve ser pior do que passar fome. Ou a gente sobe no ringue para bater nos outros, ou volta para a nossa vidinha de João de Barro”, que se tornou a primeira cena do documentário, propositalmente eu coloquei, porque na época eu pensei, “cara, isso é uma história, precisa ser contada” — diz o diretor.

José Adilson Rodrigues dos Santos, conhecido como Maguila — Foto: Divulgação/Combate
José Adilson Rodrigues dos Santos, conhecido como Maguila — Foto: Divulgação/Combate

Outros nomes que participam do documentário são a viúva Irani e personalidades que acompanharam diferentes fases da vida do lutador, como os apresentadores Leão Lobo, Silvia Vinhas; o ator David Cardozo, e mais.

Todos os episódios de ‘Maguila – Prefiro ficar louco a morrer de fome’ estarão disponíveis no Globoplay a partir do dia 24. O primeiro capítulo poderá ser assistido também por não assinantes da plataforma.

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