A Justiça determinou a paralisação imediata das novas intervenções que estão sendo realizadas na Praia da Barra pela Associação Carioca de Windsurf (ACW). A entidade, como se sabe, mantém um abrigo de concreto, chamado guarderia, onde os praticantes de windsurfe pagam para deixar pranchas e outros equipamentos esportivos. O espaço ocupa uma área de 1.200 metros quadrados, na altura do Pepê, em plena Área de Proteção Ambiental (APA).
Segundo a decisão, além do abrigo — alvo de uma ação do Ministério Público Federal —, a Associação Carioca de Windsurf estaria realizando novas obras no entorno da guarderia. De acordo com a denúncia do Grupo Ação Ecológica e da Associação de Moradores do Jardim Oceânico, estão sendo utilizados sacos de areia e outro materiais para formar um muro de contenção, com o objetivo de evitar que o mar ocupe o abrigo.
A construção da guarderia chegou a ser paralisada por determinação da Justiça Federal. A liminar concedida em 2023 afirmava que ao “contrário do que sustenta a ACW, há indícios fortes de que a obra em andamento transbordou dos limites da licença concedida pela autoridade municipal”.
Ainda de acordo com a decisão, da 2ª Vara Federal do Rio de Janeiro, a Prefeitura tem até cinco dias esclarecer se forneceu autorização ou licença para as novas intervenções, informando quem é o responsável pela execução. Na última segunda-feira, os operários tiveram que prestar esclarecimentos na 16ªDP (Barra da Tijuca).