A reta final do Brasileirão trará para os três postulantes ao título alguns desafios não apenas de ordem técnica, mas principalmente física e mental. A pausa para a data Fifa veio em boa hora, já que Palmeiras, Flamengo e Cruzeiro sofreram em doses distintas na intensa maratona das últimas rodadas, experimentando uma diferença de desempenho, em especial nos confrontos mais pesados. Saiu-se melhor o alviverde, novo líder da competição após uma semana de resultados melhores.
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O trio apresentou um padrão recente: tem iniciado alguns jogos com lentidão e sentido a pressão de atuar muitas vezes estando atrás do placar. O Bahia foi um adversário em comum nas últimas cinco rodadas e saiu vencendo os três. Porém, só foi derrotado pelo Cruzeiro, tendo vencido Palmeiras e Flamengo. O time paulista, no entanto, é quem vem sabendo lidar melhor com esta ameaça de vulnerabilidade.
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Nas últimas cinco rodadas, saiu atrás em dois jogos: a derrota por 1 a 0 para o Bahia e a vitória por 3 a 2 sobre o São Paulo, em um virada recheada de polêmicas de arbitragem mas que também mostrou a capacidade da equipe de Abel Ferreira em correr atrás do prejuízo. Neste período, o River Plate também abriu o placar no jogo de volta das quartas de final da Libertadores, mas o alviverde virou para 3 a 1 e garantiu a vaga na semi.
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Fora isso, a equipe abriu os placares nas goleada por 4 a 1 contra Fortaleza e Internacional, e na vitória por 3 a 0 sobre o Vasco. Quando controlou os placares dos jogos, o forte elenco conseguiu resolver rapidamente em algum momento. Não à toa, igualou os 55 pontos do Flamengo com 25 jogos realizados, superando-o nos critérios de desempate.
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— Entramos fortes no segundo tempo, continuamos a dar mais dinâmica à equipe. Acho que ganhamos o jogo porque quem entrou do banco entrou muito bem. Muitas vezes os jogadores só se sentem importantes quando iniciam e digo a eles que uma boa parte dos jogos se ganham na segunda parte — disse Abel após o clássico de domingo.
O grupo com que Filipe Luís conta é tão ou mais forte que o do adversário, mas o Flamengo vem recebendo alguns alertas recentes. O principal deles foi a derrota para o Bahia por 1 a 0 também no último domingo, que custou a liderança do campeonato. Agora na segunda colocação, com 55 pontos em 26 jogos, a equipe saiu perdendo em duas das últimas três partidas — diante do Corinthians, conseguiu vencer de virada por 2 a 1. O período também teve o revés para o Estudiantes por 1 a 0, na Libertadores, que terminou em classificação nos pênaltis.
Na sequência do Brasileirão, o rubro-negro empatou sem gols no confronto direto com o Cruzeiro, o que já totaliza quatro jogos na temporada sem saber o que é inaugura o marcador. Antes disso, saiu vencendo contra Juventude (vitória por 2 a 0) e Vasco, mas acabou levando o empate no clássico (1 a 1).
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Desde a goleada por 8 a 0 contra o Vitória, no final de agosto, é nítido que o desempenho coletivo caiu e vários jogadores como Pedro e Samuel Lino vêm empilhando chances perdidas que poderiam ser determinantes nos resultados finais.
— Sempre estávamos com status de líderes. Hoje, somos perseguidores. Mas têm muitos jogos pela frente. Eles (Palmeiras) vão ter que jogar contra nós e vários adversários difíceis. É muito difícil que tanto eles quanto a gente vençam todas até o fim. O campeonato é quem mantém mais a regularidade até a 38ª rodada. Enquanto tivermos chance, vamos lutar até o final — garantiu Filipe Luís.
Terceiro colocado, com 52 pontos em 27 jogos, o Cruzeiro é quem vem mais sofrendo neste momento do calendário, até por ter um elenco que oferece menos opções a Leonardo Jardim. Após empatar por 1 a 1 com o lanterna Sport em casa no fim de semana, o técnico admitiu o cansaço do grupo e disse que a data Fifa será essencial para sua recuperação.
— A equipe do Cruzeiro está extremamente cansada neste momento e precisa se recuperar. Vamos aproveitar para fazer uma recuperação até a quinta-feira. Na sexta, vamos folgar e, no sábado, começar a preparar o nosso próximo jogo. Mas é importante recuperar os jogadores, porque eu senti hoje (domingo) que os jogadores importantes da equipe, como o Lucas (Silva) e o Christian, estavam com os níveis de fadiga extremamente altos — reconheceu.
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Os sinais aparecem no campo: na sequência mais recente de cinco jogos, o time celeste empatou sem gols com o Flamengo e saiu atrás do placar em todos os outros quatro jogos: Bahia, Bragantino, Vasco e Sport.
Diante do tricolor baiano e da equipe do interior paulista, a vitória de virada saiu a duras penas (ambas por 2 a 1). Mas, contra os pernambucanos, tropeço impactante em casa; e diante dos cariocas, uma derrota por 2 a 0 sendo dominado em São Januário. O Cruzeiro não consegue ser “senhor” de suas partidas desde a classificação para a semifinal da Copa do Brasil, contra o Atlético-MG.
A dificuldade em tomas as rédeas já está sendo determinante na tabela a mais de 10 rodadas para o final, e a maratona física e a ansiedade por resultados poderão cobrar seu preço. Na volta da data Fifa, o Palmeiras recebe o Bragantino, e Flamengo e Cruzeiro tem clássicos com Botafogo e Atlético-MG. No próximo sábado, às 19h, o alviverde faz jogo atrasado com o Juventude.