O acidente no Elevador da Glória em Lisboa, que causou 16 mortes na quarta-feira, aconteceu após “a desconexão do cabo entre as duas cabines”, anunciou a agência pública portuguesa responsável pela investigação em nota publicada neste sábado.
“A inspeção visual programada, realizada na manhã do dia do acidente, não detectou nenhuma anomalia no cabo”, detalham os investigadores do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF).
O acidente no tradicional ponto turístico da capital portuguesa vitimou cinco cidadãos portugueses, três britânicos, dois sul-coreanos, dois canadenses, um suíço, um ucraniano, um americano e um francês. Inicialmente, havia sido listado um cidadão alemão entre os mortos, mas na sexta-feira informou-se que, na verdade, ele está internado. O processo de notificação das famílias está em andamento com o apoio das autoridades consulares de cada país.
O total de feridos chegou a 23, algumas das quais seguem internadas em estado grave. Entre os 13 feridos leves que já tiveram alta, dois são brasileiros. Um deles, residente em Portugal, chegou sozinho ao pronto-socorro e recebeu alta poucas horas depois. Também há uma brasileira que, segundo fonte do Itamaraty, continuava internada na quinta-feira
O escrutínio da opinião pública sobre o acidente fixou-se sobre o fato do bondinho ter passado por uma vistoria horas antes do acidente. Em uma declaração à imprensa durante a semana, a empresa pública responsável pela operação dos bondes, a carris, afirmou que nenhuma “anormalidade” havia sido identificada.
*matéria em atualização