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Alívio e desconfiança marcam celebrações em Israel e Gaza após anúncio de acordo sobre ‘primeira fase’ de cessar-fogo; vídeo

BRCOM by BRCOM
outubro 9, 2025
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Palestinos e israelenses comemoram acordo de paz

Israelenses e palestinos celebraram o anúncio de acordo entre Israel e Hamas sobre a primeira fase do plano de cessar-fogo na Faixa de Gaza. A notícia foi anunciada na noite de quarta-feira pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, — quem apresentou o plano de paz — após três dias de negociações no Egito, mediadas por autoridades de Catar, Egito, EUA e Turquia. O acordo prevê a libertação de 20 reféns israelenses em troca da libertação de 2 mil palestinos detidos em prisões israelenses. A comemoração, que incluiu festa nas ruas, lágrimas, gritos e mensagens de agradecimento Tel Aviv e em Gaza, também foi marcada por declarações de felicidade, alívio, medo, esperança e desconfiança.

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A Defesa Civil de Gaza informou nesta quinta-feira sobre vários bombardeios israelenses contra o território palestino depois do anúncio de pacto entre Israel e o Hamas. Segundo o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o acordo para garantir a libertação dos reféns em Gaza “só entrará em vigor após a aprovação de seu gabinete”, que se reúne ao meio-dia, horário de Brasília.

“Ao contrário do que a mídia árabe relata, a contagem regressiva de 72 horas só começará após a aprovação do acordo na reunião de gabinete, marcada para a tarde”, afirmou o gabinete de Netanyahu em um comunicado.

Palestinos e israelenses comemoram acordo de paz

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  • ‘Alívio, alegria, descrença e medo’
  • Festa nas ruas e gratidão a Trump
      • Alívio e desconfiança marcam celebrações em Israel e Gaza após anúncio de acordo sobre ‘primeira fase’ de cessar-fogo; vídeo

‘Alívio, alegria, descrença e medo’

Em Gaza, a comemoração se misturou com os sentimentos de desconfiança e hesitação. Muitos têm dúvidas sobre o que o acordo realmente significará para eles, para seus entes queridos e para suas comunidades devastadas. No território, a situação continuava a mesma na manhã de quinta-feira — comida, água e remédios continuaram escassos e suas paisagens urbanas estão arruinadas — mas havia motivos para esperança.

“Ainda não entendemos nada, estamos acordando. Ainda não vejo um cessar-fogo”, disse Awni Sami Abu Hasera, de 36 anos. Ele vive em uma tenda maltratada em Deir al Balah, no centro de Gaza, desde que fugiu da Cidade de Gaza, onde uma ofensiva terrestre israelense destruiu sua casa e seu outrora próspero negócio de frutos do mar no mês passado.

Muitos palestinos em Gaza relataram em entrevistas que o acordo provocou uma mistura de alívio, alegria, descrença e medo. Eles afirmaram estar desesperados pelo fim da guerra, depois que a ofensiva israelense contra o Hamas destruiu grande parte do território, provocou a fome, escassez de recursos e a morte de mais de 67 mil pessoas. Mas estão receosos de acreditar em qualquer anúncio, dizendo que já vivenciaram falsas esperanças e decepções antes.

Para Abu Hasera, mesmo que os combates parem, permanecer no enclave em ruínas não parece uma opção, disse ele.

“Assim que as fronteiras abrirem, levarei minha família e partirei, para qualquer lugar, não importa”, afirmou ele. “Não consigo descrever o que a vida em uma barraca e a vida em deslocamento realmente significam”.

No sul de Gaza, palestinos saudaram o anúncio de um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas com gritos de alegria, aplausos e danças. Um grupo de mais de dez jovens entoou “Allahu akbar” (Deus é o maior) em Khan Younis logo após a notícia ser divulgada.

“Agradecemos a Deus por este cessar-fogo. Toda a Faixa de Gaza está feliz, todo o mundo árabe está feliz com o cessar-fogo”, disse Abdelmajid Abedrabbo, morador do sul da Faixa de Gaza, agradecendo também “com amor a todos aqueles que nos apoiaram e contribuíram para o fim do derramamento de sangue”.

Khaled al-Namnam, um deslocado de 26 anos que vive no campo de Al-Maghazi, no centro da Faixa de Gaza, disse à AFP por telefone que acordou com a notícia do acordo e que sente “uma alegria enorme”.

“É uma sensação estranha e indecifrável depois de dois anos de bombardeios, medo, terror e fome. É como se tivéssemos nascido de novo”, contou. “Acordei esta manhã com esta bela notícia… todos falavam sobre o fim da guerra, que a ajuda humanitária chegaria e que as passagens de fronteira seriam abertas. Sinto uma alegria enorme”.

Festa nas ruas e gratidão a Trump

Em Israel, uma sensação de euforia tomou conta do país durante a noite. Algumas pessoas nem tinham ido dormir, acompanhando as notícias sobre o andamento do acordo em suas TVs e celulares.

“O que poderia ser melhor do que pensar que todos os reféns retornarão?”, disse Oz Isuk, de 51 anos, morador de Jerusalém que trabalha na área de segurança. “Graças a Deus, vamos acabar com esta saga, a guerra vai acabar, podemos terminar um capítulo ruim de nossas vidas e começar a nos reabilitar como nação”.

Por volta das 3 da manhã, logo após o anúncio do acordo, ex-reféns que haviam sido libertados durante um breve cessar-fogo no início deste ano correram para a praça central em Tel Aviv, que foi renomeada “Praça dos Reféns”. Eles se reuniram para comemorar após uma espera agonizante de meses pelos prisioneiros ainda mantidos em Gaza, que foram capturados durante o ataque liderado pelo Hamas em 7 outubro de 2023, que deu início à guerra.

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Durante a manhã, com grande parte do país de folga para celebrar o festival de Sucot, um feriado judaico, as pessoas dançavam em círculos na Praça dos Reféns. Ao longo de uma via principal de Tel Aviv havia enormes outdoors com os dizeres: “Obrigado, Presidente Trump”, em referência à liderança do presidente americano nas negociações de paz. Em Jerusalém, ex-reféns se juntaram a multidões de fiéis para orações no Muro das Lamentações.

A família de Alon Ohel, um refém israelense, disse na quinta-feira que recebeu a notícia do acordo “com lágrimas de alegria”. Ohel foi capturado em um abrigo antiaéreo à beira da estrada após fugir do festival de música onde mais de 380 pessoas foram mortas por terroristas do Hamas.

“Nossa família está envolvida no abraço de todo o povo de Israel, e nós abraçamos o povo de Israel em troca”, disse a família em uma declaração emocionada.

Familiares de Ohel também expressaram gratidão ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ao presidente Trump e aos soldados israelenses “que lutaram por nosso Aloni”. O comunicado acrescentou que a família ainda não havia recebido nenhuma notificação oficial das autoridades israelenses sobre quando seu filho poderia ser libertado.

Parentes de reféns israelenses que atualmente moram em Washington falaram por telefone com o presidente americano. Durante a ligação, Trump disse a eles que seus familiares “voltariam todos na segunda-feira”.

Apesar do sentimento geral de euforia, alguns israelenses expressaram frustração pelo fato de seu governo ter demorado tanto para chegar a esse momento.

“Não deve haver dúvidas de que este acordo ocorreu unicamente por causa do presidente Trump”, disse Yehuda Cohen, pai de Nimrod Cohen, de 21 anos, um soldado detido em Gaza, ao Canal 12 de Notícias de Israel na manhã de quinta-feira.

Ele disse que a família se sentiu “traída” pelo governo israelense, acrescentando: “Precisamos entrar em um longo período de reabilitação, não apenas para Nimrod, mas para o país”.

(Com New York Times e AFP)

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