O antigo Hotel Aymoré, um edifício centenário no Centro do Rio, foi recém adquirido pela Rede Atlântico Hotéis por R$ 600 mil. O espaço, de 1.500 metros quadrados, encerrou suas atividades durante a pandemia de Covid-19 e chegou a ser vendido, inicialmente, para um grupo canadense, no ano de 2022. O objetivo anterior era transformá-lo em um prédio residencial. A negociação foi revelada pelo blog do jornalista Ancelmo Gois.
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Inaugurado em 1910 pelo empresário Antonio Mendes Campos, e localizado na Rua Carlos Sampaio, próximo à Cruz Vermelha, o hotel tornou-se conhecido por um detalhe singular: ter o busto de um indígena na fachada. Atualmente, o espaço apresenta deteriorações naturais do tempo. Mesmo com a pintura desgastada, áreas com aspecto mofado, além de vidros e janelas quebradas, a construção ainda chama a atenção de quem passa pelo local.
Ao contrário do que pensavam fazer há três anos, os atuais donos do espaço pretendem mantê-lo funcionando como um hotel. Por ser protegido pela Área de Proteção do Ambiente Cultural (Apac), o exterior do Aymoré será preservado para não comprometer a arquitetura local.
Segundo o corretor Cláudio André de Castro, responsável pela venda do imóvel, a Rede Atlântico Hotéis tem planos de modernizar o espaço, mas pretende manter o perfil de hospedagem simples, voltado ao segmento de baixo custo.
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— O hotel hospedou, durante anos, os familiares das pessoas que se tratam no Instituto Nacional do Câncer (Inca). Ele sempre foi classificado como uma hospedagem mais humilde, duas estrelas — explica Castro sobre o espaço, que está próximo à sede do Inca no Rio de Janeiro.
Apesar de estar dentro do perímetro contemplado pelo Reviver Centro, voltado para estimular a reocupação do Centro da cidade, o antigo Aymoré não terá direito aos incentivos do programa. Para recebê-los, seria necessário que o espaço passasse por uma conversão, ou seja, que deixasse de ser um hotel e se transformasse num prédio residencial.
*Estagiária sob a coordenação de Leila Youssef