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Nesta quarta-feira, a atriz indicada ao Oscar Fernanda Torres publicou um vídeo, em seu perfil nas redes sociais, direcionado a Lula: “Caro presidente, pense bem, o Brasil merece. Escolha uma mulher para o STF!”, mostra o post.
A cantora Juliette afirmou que as mulheres sabem como é ser “desrespeitada, interrompida e ter direitos negados” mesmo sendo “a maioria no Brasil”. De acordo com a ex-BBB, devido ao cenário desigual, é “bem justo” que Lula indique uma ministra.
Da mesma maneira, a também ex-BBB e atriz Bruna Griphao publicou um vídeo para destacar que apenas três mulheres fizeram parte do STF em 134 anos de história da Corte. A publicação conta com mais de 800 mil visualizações.
“É claro que quem ocupar esse cargo tem que ser uma pessoa competente, sendo homem ou mulher. Mas em um país onde somos maioria, vocês não acham minimamente justo a gente ter mulheres nos cargos de poder, lutando pelas nossas leis, pelos nossos direitos?”, questionou.
Já Anitta divulgou, na terça-feira, um abaixo-assinado digital em defesa da causa e publicou um texto no qual cita o presidente Lula, responsável pela indicação, e faz referência à ministra Cármen Lúcia, única mulher na atual formação do Supremo. A cantora também ressaltou a baixa representatividade racial da Corte, que só teve três ministros negros, todos homens, ao longo de sua história.
Em uma publicação anterior, a cantora reproduziu um vídeo da advogada e apresentadora Gabriela Prioli sobre o tema que acumula mais de 640 mil visualizações, 40 mil curtidas em menos de oito horas desde a postagem.
Secretário especial da Cultura no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Mário Frias (PL-SP) criticou o posicionamento e o definiu como “conveniência ideológica”. De acordo com ele, as mesmas artistas “se calam diante de escândalos” envolvendo Lula, além de não se manifestarem sobre “mulheres que estão presas por perseguição política e mães exiladas”.
‘Não é por falta de excelentes nomes’
Diante dos principais nomes cogitados até agora, entidades divulgaram uma nota pública, na última sexta-feira, para pedir que uma mulher seja nomeada para o cargo, sugerindo uma lista com 13 possíveis nomes. Atualmente, o STF conta com apenas uma ministra, Cármen Lúcia, que está no tribunal desde 2006 e tem previsão de se aposentar em 2029. Nos bastidores, os quatro cotados que despontam como favoritos para ocupar a cadeira de Barroso são homens.
Segundo as organizações Fórum Justiça, Plataforma Justa e Themis Gênero e Justiça, a saída de Barroso “abre uma janela única” para que o STF se alinhe ao compromisso de promover a “igualdade na Justiça brasileira”. De acordo com as entidades, é preciso promover um “debate profundo” sobre a baixa representação feminina em cargos de direção.
“Não é por falta de excelentes nomes de mulheres que Lula deixará de indicar uma ministra para a Suprema Corte, reduzindo a constrangedora e histórica desigualdade de gênero”, diz a nota.
