BRcom - Agregador de Notícias
No Result
View All Result
No Result
View All Result
BRcom - Agregador de Notícias
No Result
View All Result

às vésperas de pagar mais caro pelo metrô, passageiros reclamam de problemas nas estações

BRCOM by BRCOM
abril 11, 2025
in News
0
José Carvalho Marinho não consegue utilizar elevador da Estação Inhaúma — Foto: Nathan Martins / Agência O Globo

A partir deste sábado (12), os passageiros do metrô pagarão mais pela passagem no Rio. A tarifa, que já era a mais cara do país, passará de R$ 7,50 para R$ 7,90. O aumento, de 5,33%, é previsto em contrato e foi autorizado pela Agetransp, agência reguladora de transportes. O cálculo para o reajuste tem como base a variação acumulada nos últimos 12 meses do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

  • Metrô da Gávea: Governo do Rio assina contrato para a retomada das obras da estação, paradas há 10 anos
  • Entenda: obras para abrir a estação devem levar quase quatro anos

A comparação com outros estados é bem desvantajosa para os consumidores cariocas. Em São Paulo, por exemplo, a tarifa custa R$ 5,20. Em Belo Horizonte e Brasília, R$ 5,50. Já em Porto Alegre, os passageiros pagam R$ 4,50 e no Recife, R$ 4,25. Ontem, durante a assinatura de documentos para destravar as obras da Estação Gávea, o diretor-presidente do metrô disse que a tarifa praticada no Rio dói mais no bolso dos usuários cariocas devido à política de subsídios.

— O metrô do Rio, embora tenha a tarifa mais cara cobrada dos passageiros, tem, na verdade, a tarifa regulatória a mais barata do Brasil. A diferença é que em todas as outras localidades do Brasil onde tem metrô há subsídio. Nas outras cidades brasileiras o subsídio é sempre maior do que 50%. Então, quando a gente vê, por exemplo, localidades em que a passagem custa R$ 5 ou os valores nessa ordem de grandeza, a tarifa, de verdade, custa mais do que R$ 10 — explicou Guilherme Ramalho.

  • Previsão de tempestade no Rio: noite tem chuva forte e raios; árvores caíram em alguns bairros

Conteúdo:

Toggle
  • As queixas de quem usa o metrô
      • às vésperas de pagar mais caro pelo metrô, passageiros reclamam de problemas nas estações

As queixas de quem usa o metrô

Justificativas à parte, o aumento, obviamente, desagradou quem depende do transporte todos os dias e já considera que paga caro pelo serviço oferecido. Embora pontuais, as queixas variam da falta acessibilidade em algumas estações, principalmente na Linha 2, à lotação dos vagões nos horários de pico.

— Na hora do rush, a gente se espreme aqui dentro. Pagamos quase R$ 8 e não temos o mínimo de dignidade. Quando posso, evito esses horários, mas infelizmente, tem dias da semana que não tenho outra opção — relata a professora Heloísa Monteiro, moradora do Caxambi, na Zona Norte.

Na estação de Inhaúma, na terça-feira passada, o aposentado José Carvalho Marinho, aposentado de 72 anos, subiu com dificuldade, apoiado em sua bengala, o lance de escadas até a plataforma. Os elevadores estava fora de serviço.

José Carvalho Marinho não consegue utilizar elevador da Estação Inhaúma — Foto: Nathan Martins / Agência O Globo

— Quando cheguei, às 08h30, falaram que os dois elevadores estavam funcionando, eu enfatizei que dependia desse serviço. Mas agora você está vendo a situação, o elevador não funciona e não tem nenhum funcionário para me ajudar — relata.

Na estação Cardeal Arcoverde, a diarista Débora Cezário, de 52 anos, que mora em São João de Meriti e trabalha no Leme, observa que as escadas rolantes da estação estão sempre em manutenção.

— É incrível, mas sempre que salto aqui, uma das escadas está interditada, eu já conversei com outras pessoas sobre isso, é todo dia, mais rigoroso que missa no domingo. Uma está interditada e outra é usada para subir. Mas uma pessoa de idade, ou muito pesada, não consegue descer, pois os degraus são grandes e acaba forçando muito o joelho. — conta Débora.

Morador de Vista Alegre, na Zona Norte, há 12 anos, o paulista e assistente financeiro, Carlos Alexandre, compara a qualidade do serviço das duas cidades.

— O valor em São Paulo é R$ 5,20 e a qualidade do transporte é muito superior. Além de ser mais rápido, abrange uma área muito maior, aqui são só duas linhas e o serviço é péssimo. Além de ser lento e estar sempre lotado, eu, como moro em Vista Alegre, preciso pegar um ônibus antes de chegar no metrô — reclama o jovem.

  • ‘Ônibus seguro’: Policiais de folga poderão ser contratados para trabalhar nos ônibus, a partir de projeto aprovado na Alerj

Procurado, o MetrôRio informou que “todas as estações possuem equipamentos de mobilidade e acessibilidade, como elevadores, plataformas verticais, plataformas inclinadas, escadas rolantes ou tapetes rolantes” e que todos os aparelhos citados estavam em operação na quinta-feira (leia a íntegra da nota enviada pela empresa no fim desta matéria).

Para quem conta com o benefício da tarifa social — pessoas entre 5 e 64 anos que ganham até R$ 3.205,20 por mês e têm um cartão Riocard Mais habilitado no Bilhete Único Intermunicipal (BUI) e vinculado ao próprio CPF, além de quem trabalha sem carteira assinada ou não possui renda — o valor continuará sendo de R$5. A decisão foi publicada ontem no Diário Oficial do estado.

O aumento da passagem levou uma dezena de manifestantes a protestar durante a cerimônia de ontem na Gávea, com a presença do governador Cláudio Castro. Com cartazes que diziam que “R$7,90 é um esculacho”, o grupo cantava palavras de ordem.

Estudo realizado pelo TCE a partir de um questionamento do deputado estadual Professor Josemar (PSOL), pede, entre outras coisas, esclarecimentos à Agentransp sobre a mudança dos índices de reajuste da tarifa metroviária. O documento aponta que entre 2021 e 2022 foi usado o IGP-M que à época, apresentava percentuais bem maiores que o IPCA e que a partir de 2023, quando aquele índice despencou (chegando a ficar negativo no ano passado), o segundo índice passou a ser adotado. O tribunal deu trinta dias para que a Secretaria estadual de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram) e a Agetransp se manifestem a respeito. O prazo expira no fim do mês.

Em nota enviada ao GLOBO, a Setram informou que ” em 2023, o Governo do Estado negociou com a concessionária Metrô Rio a adoção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mais baixo do que o IGPM no período” e que “o IGP-M de 12 meses está em 8,44% e o IPCA, 5,06%, o que teria gerado um aumento maior para a população se fosse aplicada a regra proposta pelo TCE”. (Leia a íntegra da nota da Setram no fim desta matéria)

O MetrôRio informa que todas as estações possuem equipamentos de mobilidade e acessibilidade, como elevadores, plataformas verticais, plataformas inclinadas, escadas rolantes ou tapetes rolantes, como determina o decreto Federal nº 5.296, que regulamenta as leis nº 10.048 e 10.098, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida no transporte público.

Atualmente, a disponibilidade dos equipamentos de acessibilidade no sistema metroviário é de 95%. Há manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos de acessibilidade, como escadas rolantes e elevadores, o que representa os outros 5%. É importante destacar que os profissionais que atuam nas estações são treinados para prestar atendimento adequado às pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida em qualquer situação.

Em média, após a abertura de um chamado técnico, o tempo para a conclusão do serviço pelas equipes de manutenção é de até 48 horas, sendo que, na maioria dos casos, os equipamentos voltam a funcionar no mesmo dia.

Sobre os aparelhos citados, todos estão em funcionamento nesta quinta-feira (10/03).

A Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram) esclarece que o reajuste da tarifa do metrô obedece ao previsto no contrato de concessão. Entre 2022 e 2024, o Governo do Estado contribuiu com um desconto de R$ 0,30 para a redução da passagem. Diferente de subsídio, a medida foi tomada para mitigar o reajuste tarifário previsto na época, que teria correção pelo IGPM – que atingiu 28,94%.

Em 2023, o Governo do Estado negociou com a concessionária Metrô Rio a adoção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mais baixo do que o IGPM no período. O IGP-M de 12 meses está em 8,44% e o IPCA, 5,06%, o que teria gerado um aumento maior para a população se fosse aplicada a regra proposta pelo TCE.

A Setram destaca, ainda, que o novo contrato do sistema metroviário, que está em fase final para assinatura, possibilitará ao Governo do Estado a redução do valor, com a criação da “Tarifa RJ.” O valor — que não será mais baseado na tarifa técnica — vai ser definido a partir de um estudo detalhado, levando em conta os cenários de toda a população da Região Metropolitana. A mudança será viabilizada com a adoção de uma nova forma de remuneração da concessionária.

*Estagiário sob supervisão de Leila Youssef

às vésperas de pagar mais caro pelo metrô, passageiros reclamam de problemas nas estações

Previous Post

Os rumos no comando do BB

Next Post

aeronaves operadas por empresa de táxi aéreo já tiveram ao menos duas falhas mecânicas nos últimos 12 anos

Next Post
Helicóptero cai com seis pessoas a bordo em Nova York

aeronaves operadas por empresa de táxi aéreo já tiveram ao menos duas falhas mecânicas nos últimos 12 anos

  • #55 (sem título)
  • New Links
  • newlinks

© 2025 JNews - Premium WordPress news & magazine theme by Jegtheme.

No Result
View All Result
  • #55 (sem título)
  • New Links
  • newlinks

© 2025 JNews - Premium WordPress news & magazine theme by Jegtheme.