O mês das crianças começará com uma novidade nas redes sociais. Nesta quarta-feira (1º de outubro), a série “Só por um mês”, sobre a relação entre pai e filha, estreia nas plataformas Instagram, TikTok, YouTube Shorts e Facebook. Escrita e dirigida por Victor Frad, morador da Barra e diretor do programa “Lady night”, a série foi quase toda gravada na casa onde viveu o cantor Milton Nascimento, no Itanhangá.
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Bituca morou lá por mais de 30 anos, onde recebeu grandes nomes da música nacional e até internacional, como as gravações de um projeto com a baixista e cantora americana Esperanza Spalding, que lhe rendeu indicações ao Grammy deste ano, e uma reunião com a banda Coldplay, em 2023. Atualmente, a casa é sede da produtora de Fred, a Estúdio Casa Set, e foi considerada, pela ambiência e por questões práticas, o lugar ideal para rodar os 30 episódios de poucos minutos, que irão ao ar diariamente ao longo do mês de outubro. Cerca de 80% da trama são passados dentro da casa. Os outro 20% foram de gravações externas, feitas no Quebra-Mar da Praia da Barra.
Frad apostou num formato inovador para a produção: ela foi toda gravada na vertical.
— Por termos esta tela mais estreita, conseguimos criar vários lugares dentro do mesmo ambiente. E como também tínhamos um baixo orçamento, foi melhor gravarmos quase tudo na produtora — explica Frad, que aproveita os seus intervalos no trabalho como diretor do “Lady night”, estrelado por Tatá Werneck, para produzir projetos pessoais como este.
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Estrelada pelo ator Nando Rodrigues e pela atriz mirim Manu Abdal, a série conta a história de um pai ausente que precisa ficar 31 dias com a filha, enquanto a mãe, vivida pela atriz Maria João, organiza a mudança de cidade das duas. Pensada para as redes, a trama também seguirá o calendário do público.
— No 12º episódio acontece o Dia das Crianças, e a série termina com o Halloween (31 de outubro). O público acompanha como este pai vai lidando com a filha quando ela tem uma febre, volta da escola ou sente vergonha no balé —explica o diretor.
Amigo de longa data de Nando, Frad escolheu-o para o projeto por ver nele o carisma que faria o público gostar deste personagem, mesmo sendo um homem que não cumpria os seus deveres paternos até então. O ator ainda não tem filhos, mas reconhece esta vontade também na sua vida pessoal, da qual conseguiu tirar algumas referências.
— Eu não tive dificuldades com este personagem por eu não ter a experiência de ser pai, porque ele é um cara que foi o progenitor e não tinha um contato real com a filha. Mas tomei muito da minha relação com as minhas sobrinhas também. Peguei este afeto. Eu e Victor estamos em um momento de produzirmos nossos projetos, não só esperar o mercado. Queremos colocar nossa verdade para girar, fazer coisas juntos — avalia Nando.
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A produção é mesmo carregada de afeto. Em um episódio, Frad atuou, para poder estar em cena com o amigo pela primeira vez. Além disso, ele escreveu o roteiro junto com sua filha mais velha, Catarina Zigue, de 14 anos, que ajudou na visão do comportamento de uma jovem contemporânea.
— A Catarina quer fazer cinema; temos uma relação muito afetuosa e gostamos de escrever. E minha filha mais nova, a Valentina, de 8 anos, também faz teatro. Como é que um pai que faz um trabalho sobre paternidade não coloca ela também, né? Acabamos escrevendo um episódio em que ela atua — conta Frad, que espera que a série chegue tanto ao público infantojuvenil, como aos pais. — Imagino que este trabalho seja muito compartilhável dentro da família.