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Centro de comércio por rios e mulas, rota colonial do Panamá é declarada Patrimônio Mundial pela Unesco

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julho 13, 2025
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Folionas se apresentam em um desfile para as festividades do Carnaval no Centro Histórico da Cidade do Panamá, em 11 de fevereiro de 2024 — Foto: Martin Bernetti / AFP

A rota colonial do Panamá, por onde circularam durante séculos riquezas da América em mulas e embarcações e precursora do canal interoceânico, foi declarada Patrimônio Mundial pela Unesco no último sábado (12).

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Entre os séculos XVI e XIX, o Império Espanhol transportou através do istmo produtos vindos da Ásia e da América com destino à Europa. Para isso, utilizava uma rede de caminhos e rios para levar as mercadorias da costa do Pacífico até o Atlântico.

— (A rota) Representa muito mais do que uma rede de caminhos históricos, é testemunha viva do papel estratégico do Istmo nos sistemas globais de troca (comercial ao longo da história) — destaca a ministra panamenha da Cultura, Maruja Herrera, após a declaração da Unesco.

Folionas se apresentam em um desfile para as festividades do Carnaval no Centro Histórico da Cidade do Panamá, em 11 de fevereiro de 2024 — Foto: Martin Bernetti / AFP

Do que hoje são o Peru e a Bolívia, chegavam ao Panamá ouro e prata, enquanto das Filipinas vinham especiarias, porcelanas e tecidos. Para proteger as mercadorias, os espanhóis construíram fortificações.

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A rota do Panamá foi “importantíssima” para o comércio internacional da época, explica o historiador e professor panamenho Celestino Araúz.

— (A coroa espanhola) Podia abastecer parte de suas colônias com mercadorias europeias e, ao mesmo tempo, obter produtos americanos para a indústria espanhola e do restante da Europa — acrescenta.

Ruínas da fortificação espanhola de Portobelo, no Panamá — Foto: Martin Bernetti / AFP
Ruínas da fortificação espanhola de Portobelo, no Panamá — Foto: Martin Bernetti / AFP

A Rota Transístmica Colonial é composta, na costa do Pacífico, pelas ruínas da primeira capital e pelo Casco Antigo da atual Cidade do Panamá.

Também fazem parte dela, no Caribe, as fortificações da cidade portuária de Portobelo, onde ficava a alfândega, e o forte de San Lorenzo.

As mercadorias transitavam entre as duas costas em mulas, pelo Caminho de Cruces e pelo Caminho Real.

“Na rota de Panamá a Portobelo fluiu 60% da produção de prata da América do Sul em seu caminho para a Espanha”, destaca a Unesco.

Além disso, a rota permitia “transportar mercadorias e pessoas de mar a mar através da parte mais estreita da América, por meio de uma rede tanto militar quanto comercial” que conectava 23 países atuais, acrescenta.

Ruínas da Catedral de Nossa Senhora da Assunção em Panamá Viejo, Cidade do Panamá — Foto: Martin Bernetti / AFP
Ruínas da Catedral de Nossa Senhora da Assunção em Panamá Viejo, Cidade do Panamá — Foto: Martin Bernetti / AFP

Mas por essas rotas também passaram, em busca de ouro, o corsário inglês Francis Drake, que morreu em Portobelo, e o pirata galês Henry Morgan, que incendiou a primeira cidade capital.

Em 1532, o rei espanhol Carlos I ordenou a exploração da possibilidade de conectar os dois oceanos com um canal no Panamá.

A rota transístmica é considerada precursora do canal interoceânico, inaugurado em 1914. Como então, a via panamenha é estratégica para o comércio mundial.

— (A rede colonial) Era uma rota transístmica, como viria a ser depois o canal — destaca Araúz. — Não servia apenas para as mercadorias europeias, mas também para o tráfico de escravos negros e os produtos que vinham do Oriente. Não se esqueça que a Espanha tinha possessões nas Filipinas e de lá obtinha produtos da China — acrescenta.

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