No ano passado, o GLOBO conversou com o arquiteto do projeto, Sérgio Moreira Dias, que revelou alguns detalhes sobre o desenho. Esse foi o projeto apresentado ao Legislativo. De lá para cá, foram discutidos possíveis ajustes, como na capacidade (acima de 40 mil, mas o clube não crava um número certo, no momento), mas a espinha dorsal segue a mesma.
O projeto prevê uma mudança no formato, de “ferradura” para uma forma retangular, “fechando” o estádio e dividindo a arquibancada em quatro setores. Veja outros detalhes do projeto:
- O torcedor mais próximo do campo ficará a 10 metros de distância, no futuro setor norte, onde hoje é a “abertura da ferradura”. Hoje, a distância na curva, atrás do gol, é de 40 a 45 metros;
- Construção de uma esplanada de livre acesso;
- Melhorias urbanísticas na região do estádio, uma das obrigações do projeto no Legislativo
- Manutenção da fachada histórica;
- Possibilidade de setores sem cadeiras;
- Reformulação de camarotes e construção de lounges;
- Construção de duas torres para uso comercial e administrativo. Além de uma torre poliesportiva, com ginásios, ao lado do parque aquático;
- Manutenção de parque aquático, da Capela de Nossa Senhora das Vitórias e do Colégio Vasco da Gama;
- Construção de um setor social, com piscina e espaços de recreação e eventos;
- Previsão de pelo menos dois anos e meio de obras
O que falta para a reforma de São Januário?
O Vasco tem direito a vender 280 mil m² de potencial construtivo e espera arrecadar mais de R$ 500 milhões na operação. Os recursos só poderão ser usados para financiar as obras do estádio e as operações a ela relacionadas. Agora, serão iniciadas as negociações finais com o setor privado.
As empresas que comprarem o potencial poderão utilizar esse “direito de construir” em áreas determinadas por lei, na Barra da Tijuca, Zona Sudoeste da cidade. A SOD Capital é a principal interessada, já com opção de compra assinada com o clube até dezembro. O clube tem a assessoria financeira do Banco Genial na operação.
São Januário, que completou 98 anos em 2025, segue sendo propriedade do clube associativo. O estádio não foi incluído no patrimônio do futebol, que foi transformado em SAF em 2022.