A filha da atriz Débora Bloch, Julia Anquier, tem vivido dias felizes ao lado da mulher, a cantora Maria Beraldo, de 37 anos. Na verdade, é um período de felicidade que já se estende desde 2022, quando começaram a namorar. O casamento ocorreu no último fim de semana, em uma cerimônia intimista, reservada à família e a amigos. “Celebrando o amor dessas duas meninas especiais que eu amo muito”, escreveu a intérprete de Odete Roitman, de “Vale tudo”, ao publicar registros do momento. Antes disso, ela já vinha chamando a nora de “maravilhosa” publicamente.
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Em várias publicações, Julia faz questão de demonstrar o seu amor, seja em publicações em que reforça o seu sentimento pela amada seja em ocasiões em que demonstra apoio ao trabalho de Maria, que lançou o álbum “Cavala”, em 2018 — elogiadíssimo nesta época —, e “Colinho”, no ano passado.
“Em Cavala estou fincando os dois pés no chão. Levantei minha bandeira, saí do armário. É um disco muito conciso, como uma flecha. É um disco sobre solidão”, afirmou ela entrevista à revista Carta Capital. “Esse disco (’Colinho’) é mais aberto, tem participações, instrumentistas, tem um caminho de muitos gêneros musicais pelo qual ele vai passando. Tem um tom de alegria mais do que o ‘Cavala’.”
Natural de Florianópolis (SC), Maria Beraldo se formou em música pela Unicamp e construiu uma carreira sólida também como instrumentista, com destaque para seu trabalho como clarinetista. Ao longo de sua trajetória, acumula colaborações importantes, incluindo nomes como Elza Soares — com quem trabalhou antes da morte da artista, em 2022 —, Zélia Duncan e Ana Frango Elétrico.
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Em suas composições, Maria Beraldo traz à tona questões ligadas à identidade queer e reforça a valorização da comunidade LGBTQIA+.
— Muitas mulheres são condenadas a serem as meninas fofinhas. E eu estava nesse caminho, sendo moldada para ser desse jeito. Até que aconteceu uma ruptura, entendi que gostava de mulheres e comecei a me tornar uma pessoa estranha à sociedade — disse ela em entrevista à revista Ela, do GLOBO, na ocasião do lançamento de seu primeiro disco.
Em seu álbum mais recente, Maria reassume o tom político de sua expressão artística, algo que se manifesta também por meio de uma estética não binária. “Tem uma grande importância de falar desse ponto de vista, de uma mulher lésbica, de uma pessoa não binária. Eu estou nesse caminho e isso tem importância”, disse à Carta.

