A Força Aérea dos EUA utilizou aviões furtivos B-2, invisíveis aos radares inimigos, em um ataque contra instalações subterrâneas do programa nuclear do Irã, na madrugada de domingo (noite de sábado no Brasil). O ataque marcou a entrada oficial de Washington na guerra iniciada por Israel na última quinta-feira.
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De acordo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, as ações miraram Natanz, Isfahã e a instalação subterrânea de enriquecimento de urânio em Fordow, considerada o “coração” do programa nuclear de Teerã.
O B-2 Spirit, desenvolvido pela Northrop Grumman e introduzido em 1997, tem a capacidade de carregar até 18 toneladas de armamentos, incluindo bombas convencionais e nucleares, como as B61 e GBU-57.
Operado por dois tripulantes, o B-2 é equipado com sistemas avançados de navegação e controle de armas, permitindo ataques precisos em áreas protegidas. Sua tecnologia de invisibilidade ao radar é seu principal diferencial em relação a aeronaves de outros países.
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Comparado a outros bombardeiros, como o russo Tupolev Tu-160 e o chinês Xian H-20 (em desenvolvimento), o B-2 se destaca por sua furtividade. O Tu-160 tem maior velocidade e capacidade de carga, mas não oferece o mesmo nível de discrição. Já o H-20 promete ser uma ameaça futura, mas ainda não atingiu o nível de operacionalidade do B-2.
O custo de cada unidade do B-2 gira em torno de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões), tornando-o um dos aviões mais caros da história. Com apenas 21 unidades produzidas e 20 em operação, seu alto custo de manutenção também chama atenção, chegando a aproximadamente US$ 135.000 (R$ 675.000) por hora de voo.
Apesar de estar próximo de ser complementado pelo novo B-21 Raider, o B-2 Spirit continua desempenhando um papel fundamental na defesa estratégica dos EUA. Sua combinação de furtividade, alcance e poder de fogo mantém o B-2 como um ativo essencial no cenário militar global.
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