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COP30 será vitrine para governos e empresas

BRCOM by BRCOM
abril 11, 2025
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Abastecimento de combustível com gasolina ou etanol — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

A 30ª Conferência das Partes (COP30) em Belém será uma oportunidade para governos e empresas do Brasil atraírem investimentos e exibirem suas soluções para problemas ambientais. A negociação diplomática do acordo do clima sempre foi o foco do evento em todos os países em que ele já foi realizado, mas cada vez mais empresas, governos locais e organizações sem fins lucrativos têm usado esse espaço como uma vitrine.

  • Especial: tudo o que você precisa saber sobre a COP30

— Toda essa mobilização ao redor do encontro global que se realizará no final do ano em Belém, é, na verdade, uma grande oportunidade para a gente discutir como o Brasil pode se posicionar para a comunidade internacional como um país que faz parte da solução dos desafios de clima e natureza e, portanto, um país que pode atrair investimento — afirma Marcelo Furtado, chefe de sustentabilidade da Itaúsa, que auxilia no diálogo de empresas com a Convenção do Clima da ONU.

O governo federal aposta em iniciativas como a Plataforma Brasil de Investimentos Climáticos e para a Transformação Ecológica (BIP) para divulgar projetos que já vêm sendo financiados e têm chance de buscar capital externo ou cooperação internacional.

Navegar no ambiente das COPs, porém, nem sempre é trivial para empreendedores. Especialistas dizem que é preciso conhecer o que a conferência pode oferecer, pois o evento não costuma ter presença maciça de investidores.

— Mais do que atrair investimento ao Brasil, a COP pode ser um ambiente para costurar cooperação Sul-Sul para levar tecnologias de empresas brasileiras a outros países em desenvolvimento que têm desafios similares aos nossos — diz Gustavo Tosello Pinheiro, especialista em finanças climáticas do centro de estudos E3G.

Há diversos campos de atuação em que o Brasil pode exibir na COP os seus negócios relacionados à sustentabilidade, mas dois têm apresentado diferencial maior em relação a outros países: os biocombustíveis e as soluções baseadas na natureza, que englobam projetos de proteção e regeneração florestal.

Por ter a experiência com o etanol combustível desde 1975, com o programa Proálcool, o país ganhou dianteira no desenvolvimento da tecnologia, que foi encampada originalmente não tanto pelo seu potencial ambiental, mas para oferecer segurança energética durante a crise do petróleo.

Como as plantações de cana-de-açúcar reabsorvem o CO² que a combustão do álcool gera depois, porém, a promoção do uso de etanol e outros biocombustíveis é uma frente importante hoje em políticas de mitigação do aquecimento global.

Ampliar o mercado do álcool de cana, porém, é algo que envolve alguns desafios, como planejar a cadeia produtiva mundial e adaptar o combustível a veículos de grande porte.

— Nós temos a maior oportunidade já em curso de explorar esse grande ativo brasileiro, tanto aqui dentro quanto lá fora, ou seja, a bioenergia brasileira de modo geral — afirma o presidente e CEO da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia , Evandro Gussi.

O setor tem atuado no Acordo de Cooperação Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil para promover a expansão do etanol como alternativa verde, e conseguiu avanços, como uma parceria com o Japão para mistura do álcool na gasolina.

— Os biocombustíveis são uma solução ao mesmo tempo viável, rápida, barata e eficaz para descarbonizar veículos, e entre as vantagens que ela oferece é não precisar construir uma trilionária infraestrutura nova — diz o executivo, em alusão a alternativas como o hidrogênio combustível.

O biodiesel, fabricado com insumos vegetais, também é alternativa promissora. A BIP promove, por exemplo, um projeto para combustível de aviação produzido a partir de macaúba, com um investimento de US$ 3,5 bilhões.

Abastecimento de combustível com gasolina ou etanol — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

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  • Exploração sustentável
      • COP30 será vitrine para governos e empresas

Exploração sustentável

Na frente das soluções baseadas na natureza, a vantagem do Brasil não está tanto na experiência, pois modelos de negócio nessa área são novos. Por abrigar a maior floresta tropical do mundo (e grande passivo ambiental de áreas desmatadas), o país se tornou um polo de projetos para proteção (e regeneração) florestal.

Entre os casos que o país pode exibir estão tanto projetos de concessão de áreas públicas para exploração sustentável de recursos (madeira, sobretudo) quanto parcerias para compensar comunidades indígenas pela proteção da floresta.

No primeiro modelo, o governo do Pará concedeu de maneira inédita uma unidade de conservação, a Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, para exploração sustentável de madeira. O Consórcio Systemica e TDX venceu o leilão em março, e o estado aposta em iniciativas como essa para proteger a floresta com recursos privados.

Outra modalidade de projeto em expansão é a do REDD+ (sigla em inglês para Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação de Florestas), que pode ser aplicado a terras indígenas que estejam sob ameaça por madeireiras ilegais, grilagem ou garimpo.

Duas comunidades indígenas amazônicas, os Tenharim, do sul amazonense, e os Ka’apor, do Maranhão, estão desenvolvendo projetos em parceria com a consultoria Wildlife Works para gerar créditos de carbono. A ideia é conseguir recursos para proteger os seus territórios.

— A gente vê nesse projeto o fortalecimento daquilo que já é feito dentro do plano de gestão territorial e ambiental da nossa área — diz a líder indígena Daiane Tenharim.

Concessões florestais e projetos de REDD+ já foram realizados antes na Amazônia, mas pesquisadores acreditam que mesmo as histórias de fracasso se somam no aprendizado que o país pode exibir.

O setor de inovação ambiental não vive só de florestas e biocombustíveis, e a própria BIP lista projetos na área de indústria pesada, como a de cimento, que tem conseguido abater emissões de CO² em iniciativas pioneiras no país.

— A COP30 oferece algo que vai além de atrair investimento ao Brasil, é ver o país como ator global e soluções ambientais em vários setores — diz Pinheiro, do E3G.

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