O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido pela ex-presidente argentina Cristina Kirchner nesta quinta-feira, no apartamento do bairro portenho de Constitución, onde ela cumpre prisão domiciliar. O encontro, que ocorre às margens da cúpula do Mercosul em Buenos Aires, durou pouco menos de uma hora.
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A ex-presidente foi condenada a seis anos de corrupção, e, a menos que a Justiça decida revogar o benefício da prisão domiciliar — ao qual ela tem direito por ter mais de 70 anos —, Cristina deverá passar os próximos seis anos detida, usando tornozeleira eletrônica e tendo de respeitar várias limitações.
O advogado de Cristina, Carlos Alberto Beraldi, teve de apresentar um pedido formal de autorização para a visita de Lula aos juízes da Segunda Vara Federal de Direito Oral. Ele obteve a autorização ontem.
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O presidente não fez comentários, nem na entrada nem na saída. Até o momento, Lula tem sido comedido em seus comentários sobre a situação jurídica de Cristina. Em um tuíte publicado em 11 de junho, após conversa telefônica com a ex-presidente, ele expressou sua “solidariedade” em um “momento difícil”, mas evitou avaliar o processo que levou à sua condenação.
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Do lado de fora, militantes de kirchneristas cantavam músicas peronistas, com mensagens de apoio à ex-presidente. Em vários momentos, os militantes pediram que Lula aparecesse na varanda do apartamento, mas o ex-presidente optou por não transformar a visita num ato de militância política.
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Seus assessores insistiram, em todo momento, que “Lula não entrará no mérito do processo judicial”.
O presidente chegou acompanhado de poucos assessores. Seu último compromisso em Buenos Aires será um encontro com o Prêmio Nobel da Paz argentino Adolfo Pérez Esquivel, na residência do embaixador brasileiro.