A Diocese de Diamantino, no estado de Mato Grosso, abriu um procedimento para investigar a conduta de um padre identificado como Luciano Braga Simplício por conta de um vídeo que circula nas redes sociais. Nas imagens, o religioso é flagrado com a noiva de um fiel em uma casa paroquial na cidade de Nova Maringá, no interior de estado.
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Simplício é responsável pela Paróquia Nossa Senhora Aparecida do município, que fica a cerca de 400km da capital Cuiabá e conta com apenas 5.846 habitantes, conforme dados do IBGE.
Na gravação, ele aparece sendo confrontado pelo noivo da mulher, que a procura pela casa e chega a arrombar duas portas. Já no fim do vídeo, a noiva é encontrada no banheiro da casa paroquial, escondida embaixo da pia e vestindo um pijama baby doll.
Diocese investiga padre flagrado com noiva de fiel em casa paroquial, em MT
Em nota, a Diocese de Diamantino, que administra a igreja em Nova Maringá, informou estar ciente das informações que circulam nas redes sociais. Além disso, a organização religiosa ressaltou que “todas as medidas canônicas previstas já estão sendo devidamente tomadas” acerca do ocorrido, “tendo em vista o bem da Igreja e do povo de Deus”.
A Polícia Civil do Mato Grosso confirmou o registro de uma ocorrência em Nova Maringá, por um familiar da mulher, por conta da “divulgação indevida de imagens”. Segundo a polícia, a jovem tem 21 anos.
Em um áudio que circula nas redes sociais, atribuído a Simplício, o padre afirma que a fiel pediu para usar o quarto externo para tomar banho e trocar de roupa, pois teria “atuado de manhã” na paróquia. O religioso disse que não negou o pedido, e a mulher chegou a brincar que, então, dormiria no local, já que estava sozinha por conta do noivo ter viajado.
“Eu estava tomando banho, e de repente escutei pessoas chamando. Ela falou que deveria ser coisa séria, porque estavam batendo na porta. Eu até fiquei com receio se poderia ser assalto, mas era o cara, perguntando aonde ela estava, mas não teve nada. Ela não queria ser vista, porque já foi assaltada uma vez e ficou com medo”, explica o padre no áudio.
Conforme o Código de Direito Canônico, padres devem viver em celibato, sem relações afetivas ou sexuais. A violação desse dever é considerada grave e pode gerar punições que vão de advertência à suspensão ou até à “demissão”.