Na manhã desta terça-feira, uma operação da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na Ladeira dos Tabajaras, levou pânico a moradores do coração da Zona Sul. Policiais fizeram uma incursão na comunidade, situada na região de Copacabana e Botafogo, em busca dos criminosos envolvidos na morte do policial João Pedro Marquini, de 38 anos. O agente era marido da juíza Tula Corrêa e foi morto na Serra da Grota Funda, em 30 de março deste ano. Durante o confronto provocado pela entrada dos agentes, cinco pessoas foram mortas, entre elas o chefe do tráfico local. Entenda, em seis pontos, como foi a ação.
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A operação começou por volta das 9h da manhã. Assim que os policiais adentraram a comunidade, houve confronto. Nas redes sociais, moradores relatam um intenso tiroteio.
Além da ação em terra, um helicóptero da Polícia Civil sobrevoou a comunidade em apoio aos policiais. Vídeos que circularam nas redes mostraram a aeronave voando próximo ao Cemitério São João Batista.
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3. Veículos na contramão
Com a movimentação intensa de policiais no local, veículos chegaram a trafegar pela contramão na Rua Real Grandeza, em Botafogo, também na Zona Sul. As entradas da Ladeira dos Tabajaras ficam em ruas movimentadas dos bairros de Botafogo e Copacabana.
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A Rua Pinheiro Guimarães, em outro ponto de Botafogo, foi interditada para a circulação das viaturas com os agentes. Mais de dez carros da polícia circularam na região durante a manhã e tarde desta terça-feira.
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Próximo ao cemitério São João Batista, comerciantes contaram que o tiroteio foi intenso no início da operação. Eles se esconderam para evitar o risco. Uma mulher, que não quis se identificar, contou que só teve coragem para olhar a rua cerca de duas horas após o início dos disparos.
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De acordo com pais de alunos, o Colégio Andrews, que fica próximo à comunidade, decidiu não liberar os estudantes para o recreio. A unidade soltou um comunicado para os responsáveis em que fala da operação policial. Um trecho do texto diz que os “sons da operação puderam ser ouvidos dentro da escola” e que foram adotadas medidas de segurança previstas no protocolo da unidade. Os estudantes foram mantidos na sala de aula.
Ao menos cinco pessoas foram mortas durante a operação desta terça-feira. Segundo policiais, pelo menos três vítimas são suspeitos: Vinícius Kleber Di Carlatoni Martins, conhecido como Cheio de Ódio; William do Amaral Gomes, conhecido como Marmitão; e Douglas de Souza Napoleão, o DG. O jovem Kauã Costa Mota, de 18 anos, também morreu no confronto. Um quinto morto foi identificado como Carlos Eduardo Tavares de Souza.
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