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entregadores ficam à merce das plataformas, que definem valores recebidos, clientes e prazos

BRCOM by BRCOM
outubro 17, 2025
in News
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O entregador Anderson Trajano — Foto: Nathan Martins

Embora 86,1% dos trabalhadores por aplicativos sejam por conta própria e a maior flexibilidade com relação a horários e locais de trabalho possa ser apontada como vantagens desse tipo de ocupação, grande parte deles não tem tanta autonomia quanto aos valores recebidos pelas tarefas realizadas, além de não terem controle sobre os clientes atendidos, nem dos prazos para realizar cada atividade. Tudo isso é, na maior parte dos casos, definido pela plataforma, sobretudo para motoristas de aplicativo e entregadores.

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Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC) do IBGE, cujos dados sobre trabalho por meio de plataformas digitais no país foram divulgados nesta sexta-feira. A pesquisa investigou a influência das plataformas sobre a jornada de trabalho, desde incentivos para cumprir determinados prazos até ameaças de punições e sugestão de turnos e dias.

Entre aqueles que trabalharam com aplicativos de transporte particular de passageiros (sem ser táxi) em 2024, 91,2% afirmaram que o valor recebido era determinado pelo aplicativo. Já para os que trabalham com entregas de produtos e serviços, o percentual foi de 81,3%.

Para 76,7% dos que trabalham em apps de transporte, a plataforma determinava os clientes a serem atendidos. Para entregadores, esse número foi de 73,5%.

Quanto ao prazo para realização das tarefas, 70,4% dos que trabalham com entregas disseram que isso é algo definido pela plataforma.

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A maioria dos motoristas de aplicativo (78,5%) informou que a jornada de trabalho era influenciada pela possibilidade de escolha de dias e horários de forma independente. Mais da metade deles (55,8%) disse ser por meio de incentivos, bônus ou promoções que mudam os preços; 31,8%, por ameaças de punições ou bloqueios realizados pela plataforma; e 22,9%, por meio de sugestão de turnos e dias.

Segundo dados do aplicativo de entregas iFood, 75% dos colaboradores da plataforma atuam de forma independente, em uma modalidade chamada “nuvem”. De acordo com o site da empresa, esses profissionais têm autonomia para escolher como, onde e quando desejam realizar as entregas. Na prática, porém, essa liberdade pode significar menos trabalho. O entregador Anderson Trajano, de 32 anos, explica que opta por esse modelo por necessidade.

— Preciso trabalhar nessa modalidade porque tenho três filhos. Se acontece alguma coisa, preciso poder desligar. Mas, pra gente, a demanda é bem menor. Trabalho cerca de dez horas por dia para ganhar, no máximo, R$ 200 — relata.

O entregador Anderson Trajano — Foto: Nathan Martins

Quem busca mais estabilidade e volume de entregas pode optar pela modalidade Operador Logístico (OL) — empresas que mantêm contrato com o iFood para intermediar os serviços. Nesse modelo, o entregador precisa ter CNPJ, seguir horários fixos e atuar em locais determinados, mas recebe R$ 2,55 por hora. É o caso de Paulo Roberto, de 19 anos, que faz entregas de bicicleta e tem o Shopping Tijuca como ponto fixo.

— Para virar OL, precisa de convite e, pelo que sei, eles não estão aceitando funcionários novos. A gente tem prioridade nas corridas, mas também tem regras. Existe um tempo estimado pra cada entrega. Se demorar muito, a pontuação cai e fica mais difícil de chamarem para novas corridas — conta.

A escolha de Paulo pela modalidade “OL” se deve à vantagem de conseguir as melhores corridas. Morador do Morro do Borel, entretanto, ele concluiu o ensino médio no último ano e agora planeja fazer um curso de especialização para mudar de profissão.

— Quem não é “OL” demora a pegar corridas, e pega umas longas ou em ladeiras, pra gente é muito ruim. A gente pega mais corridas, tem prioridade e ganha por hora, isso facilita. Mas quero estudar pra crescer profissionalmente. Aqui, a gente precisa ralar muito pra conseguir ganhar dinheiro. Eu ganho R$ 80 trabalhando seis horas por dia — afirma.

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