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Esquema de venda de segurança privada por PMs contava com ‘Serviço de Atendimento ao Cliente

BRCOM by BRCOM
julho 3, 2025
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Troca de conversa interceptada pelo MPRJ — Foto: Reprodução

O esquema criminoso em que policiais militares vendiam segurança privada a comerciantes de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, contava com uma espécie de Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC), aponta o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp) do Ministério Público do Rio (MPRJ). A investigação revela que a central serviria para os “padrinhos”, como os PMs se referiam aos seus “clientes”, contactar os policiais e cobrar deles presença em seus estabelecimentos. Na terça-feira (1º), o MPRJ deflagrou uma operação para prender os 11 agentes acusados de envolvimento. Dez foram detidos.

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Troca de conversa interceptada pelo MPRJ — Foto: Reprodução

Numa troca de mensagens obtida pela investigação entre a representante de um posto de gasolina e um policial, ela cobra o cumprimento do patrulhamento especial após efetuar o pagamento aos PMs.

“Depois pede para o teu pessoal dar uma parada aqui, porque só vocês encostando aqui já inibe”, pediu a comerciante.

“Falei com os amigos aqui.”

De acordo com a investigação, os policiais foram denunciados por prestar serviço privado de segurança armada durante o expediente, usando farda e viaturas, a comerciantes, que eram coagidos a aceitar a oferta e fazer pagamentos mensais, que eram chamados pelos PMs de “merenda”. De acordo com o MPRJ, entre os “clientes” do esquema, apelidados pelos policiais de “padrinhos”, estavam restaurantes, lanchonetes, mercados, lojas, postos de combustíveis, depósitos, farmácias, clínicas, universidades, funerárias, serviços de mototáxi, transporte alternativo, feiras livres, festas populares e até mesmo um posto do Detran. Os crimes ocorreram entre 2020 e 2024 período em que os policiais estavam lotados no 39º BPM (Belford Roxo).

— O que se constatou foi a institucionalização de uma lógica perversa, em que agentes do Estado, pagos com recursos públicos para proteger a coletividade, passaram a vender segurança como um privilégio particular. Para além das práticas criminosas imputadas ao grupo denunciado, esse comportamento compromete profundamente as estratégias de policiamento e a correta alocação de recursos humanos e materiais da corporação. Ao atender interesses privados, os policiais burlavam o posicionamento oficial de viaturas e equipes, desorganizando o planejamento operacional e colocando em risco a eficácia da segurança pública — destaca o promotor de Justiça Fabio Corrêa, coordenador do Gaesp.

Na terça-feira, quando a operação foi deflagrada, nove dos 11 mandados de prisão foram cumpridos. Foram detidos Jaime Vicente, Rodrigo Viana, Ivaney Gama, Rodrigo de Oliveira, Pablo Regis, Ubiratan Ferreira, André Monsores, Rafael Santos e Rafael Carvalho. Na quarta-feira (02), o soldado Marcelo Ferreira Chagas da Silva se entregou na 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), órgão subordinado à Corregedoria-Geral da Polícia Militar (CGPM), e foi encaminhado à 1ª DPJM. Já Felipe da Silva continua foragido.

Doze aparelhos celulares, munições e pequena quantidade de entorpecentes foram apreendidos na operação do MPRJ na terça-feira. Os PMs responderão na Justiça pelo crime de organização criminosa, corrupção passiva e peculato, quando um servidor público se utiliza de seu cargo para se apropriar de bens públicos.

Conheça os agentes denunciados pelo MPRJ e entenda a participação de cada um no esquema criminoso, de acordo com a denúncia do órgão.

Conteúdo:

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  • 1 – Marcelo Ferreira Chagas da Silva
  • 2 – Jaime Candido de Jesus Vicente
  • 3 – Rodrigo Alves dos Santos Viana
  • 4 – Ivaney José Dias Gama
  • 5 – Rodrigo Vasconcellos de Oliveira
  • 7 – Ubiratan Matos Ferreira
  • 8 – André Luiz de Oliveira Monsores
  • 9 – Rafael da Silva Santos
  • 10 – Rafael da Fonseca Carvalho
  • 11 – Felipe de Paula Lameira da Silva
      • Esquema de venda de segurança privada por PMs contava com ‘Serviço de Atendimento ao Cliente

1 – Marcelo Ferreira Chagas da Silva

Marcelo Ferreira Chagas da Silva — Foto: Reprodução
Marcelo Ferreira Chagas da Silva — Foto: Reprodução

O soldado de 41 anos, atualmente lotado no 39º BPM (Belford Roxo), ingressou na organização criminosa em 2023.

2 – Jaime Candido de Jesus Vicente

Jaime Candido de Jesus Vicente — Foto: Reprodução
Jaime Candido de Jesus Vicente — Foto: Reprodução

Com 38 anos , o soldado, conhecido como “carteiro” fazia parte do esquema criminoso desde 2020. Atualmente, faz parte do Batalhão de Polícia de Turismo, em Copacabana.

3 – Rodrigo Alves dos Santos Viana

Rodrigo Alves dos Santos Viana — Foto: Reprodução
Rodrigo Alves dos Santos Viana — Foto: Reprodução

O 3º sargento, de 41 anos, ingressou no esquema em 2023. Atualmente, integra o quadro do 39º BPM.

4 – Ivaney José Dias Gama

Ivaney José Dias Gama — Foto: Reprodução
Ivaney José Dias Gama — Foto: Reprodução

O cabo, de 42 anos, é do 15º BPM (Duque de Caxias) e ingressou no esquema em 2021.

5 – Rodrigo Vasconcellos de Oliveira

Rodrigo Vasconcellos de Oliveira — Foto: Reprodução
Rodrigo Vasconcellos de Oliveira — Foto: Reprodução

O 3º sargento, de 43 anos, é lotado no 39º BPM. Foi membro do esquema a partir de 2023.

Pablo Felix Regis — Foto: Reprodução
Pablo Felix Regis — Foto: Reprodução

2º sargento do 39º BPM, tem 48 anos e passou a fazer parte da organização criminosa em 2022.

7 – Ubiratan Matos Ferreira

Ubiratan Matos Ferreira — Foto: Reprodução
Ubiratan Matos Ferreira — Foto: Reprodução

O 3º SGT, de 41 anos, foi membro de grupo criminoso ao longo de 2024. Atualmente, é lotado no 39º BPM.

8 – André Luiz de Oliveira Monsores

André Luiz de Oliveira Monsores — Foto: Reprodução
André Luiz de Oliveira Monsores — Foto: Reprodução

Cabo no 12º BPM, atua na organização desde o segundo semestre de 2022. Tem 44 anos.

9 – Rafael da Silva Santos

Rafael da Silva Santos — Foto: Reprodução
Rafael da Silva Santos — Foto: Reprodução

Conhecido como “Sapo”, o cabo, de 42 anos, é lotado no 20º BPM. E entrou no esquema em dezembro de 2020.

10 – Rafael da Fonseca Carvalho

Rafael da Fonseca Carvalho — Foto: Reprodução
Rafael da Fonseca Carvalho — Foto: Reprodução

Cedido à Prefeitura de Belford Roxo, o cabo tem 41 anos e, desde dezembro de 2020, integra o grupo criminoso.

11 – Felipe de Paula Lameira da Silva

Felipe de Paula Lameira da Silva — Foto: Reprodução
Felipe de Paula Lameira da Silva — Foto: Reprodução

Cabo de 37 anos, é lotado no 39º BPM. Entrou para o esquema no segundo semestre de 2021.

De com a investigação, cada integrante poderia exercer quaisquer das atividades do grupo criminoso, o que incluía pelo menos quatro atividades:

  • A obtenção de novos “padrinhos”
  • O recolhimento dos pagamentos
  • O atendimento aos chamados dos “padrinhos”, realizando o patrulhamento específico referente a eles
  • E a divisão dos lucros obtidos com os pagamentos feitos pelos “padrinhos”.

O MP aponta ainda que a atuação criminosa dos denunciados visando a obter vantagens econômicas ilícitas se voltava ainda ao achaque de traficantes de drogas.

A Polícia Militar informa que vem atuando contra todos os tipos de delitos cometidos por policiais militares e não compactua com possíveis desvios de conduta ou cometimento de crimes praticados por seus agentes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos. A corporação ressalta que, em 2023, lançou o Plano de Integridade da Secretaria de Estado de Polícia Militar e vem capacitando toda a tropa, com o objetivo de combater vícios, fraudes e atos de corrupção.

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