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Exposições na Zona Norte exploram o carnaval de rua e a identidade negra no cotidiano carioca

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abril 1, 2025
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Bate-bola em Pilares, 2019: foto de Arruda na mostra do Sesc Madureira — Foto: Divulgação/Andre Arruda

A Zona Norte recebe duas exposições que valorizam expressões culturais marcantes do cotidiano carioca. Em cartaz até 22 de junho no Sesc Madureira, “Nação bate-bola” traz o olhar do artista visual Andre Arruda sobre um dos movimentos urbanos mais expressivos do carnaval de rua. Já em Anchieta, a mostra coletiva “Um lugar para chamar de meu” — aberta ao público até a próxima sexta-feira (4) — dá voz a jovens artistas na reflexão sobre identidade e pertencimento.

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A exposição no Sesc Madureira reúne fotografias, vídeos e fantasias originais para retratar o universo dos bate-bolas, uma tradição carnavalesca profundamente enraizada na Zona Norte. Andre Arruda, que documenta esse movimento há mais de uma década, exibe 17 fotografias em grandes formatos, dois curtas documentais e peças autênticas usadas pelos integrantes das turmas, como são chamados os grupos desse universo.

— O meu trabalho é o de mostrar esse universo quase paralelo do Rio de Janeiro, que é a segunda maior economia do carnaval carioca. Bate-bola é paixão, resistência e tradição — define o artista visual.

Bate-bola em Pilares, 2019: foto de Arruda na mostra do Sesc Madureira — Foto: Divulgação/Andre Arruda

Com curadoria de Isabel Portella, produção executiva de Fabiana Gabriel e coordenação-geral de Bel Tinoco, a mostra destaca a força coletiva desse fenômeno social e artístico. Entre os documentários exibidos, “Jairinho Madruga” acompanha um dos mais renomados artesãos de máscaras de clóvis (outra denominação para o movimento), enquanto “Bate-bola é arte?” discute a relevância desse universo com pesquisadores e integrantes.

A exposição coletiva “Um lugar para chamar de meu” está em cartaz na Escola EDI Daniel Martins, em Anchieta — Foto: Divulgação
A exposição coletiva “Um lugar para chamar de meu” está em cartaz na Escola EDI Daniel Martins, em Anchieta — Foto: Divulgação

Já a exposição coletiva “Um lugar para chamar de meu” nasceu da experiência do artista Rodrigo Sini ao criar um mural na Escola Patronato. A região, que faz parte da antiga Estrada Real de Santa Cruz, tem uma história marcada pela presença de engenhos e pela trajetória da mão de obra escravizada que ajudou a construir o Rio de Janeiro.

A mostra, em cartaz na Escola EDI Daniel Martins, reúne obras que exploram pertencimento, memória e representatividade. O projeto valoriza as vivências da infância e da juventude negra, abordando temas como ancestralidade e resistência. As pinturas de Sini foram criadas a partir de fotografias dos próprios alunos, tiradas durante um passeio à Quinta da Boa Vista no ano passado. Além dessas obras, a exposição apresenta desenhos e maquetes feitos pelas crianças.

— A ideia é que elas se reconheçam como protagonistas de suas histórias, transformando suas trajetórias em arte e inspiração para um futuro mais inclusivo — explica Sini.

A mostra tem um significado pessoal para o artista, que busca ampliar o acesso à arte na comunidade do Complexo do Chapadão. Sua motivação veio de uma fala da filha, Jasmim, de 5 anos, que desejava ter a pele branca para ser uma princesa. A exposição, então, tornou-se uma forma de mostrar que ela e todas as crianças negras já são príncipes e princesas em seus próprios castelos.

Com dez pinturas assinadas por Sini e trabalhos dos alunos de 5 e 6 anos, “Um lugar para chamar de meu” é um convite à valorização da identidade e ao orgulho de suas raízes.

A entrada para as exposiões é gratuita, com visitação disponível nos horários de funcionamento do Sesc Madureira e durante as aulas na Escola EDI Daniel Martins.

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