No último dia de finais do Mundial de Ginástica Artística, em Jacarta, na Indonésia, Flávia Saraiva, de 26 anos, ficou muito perto de um pódio na trave. Primeira a se apresentar na madrugada deste sábado, a brasileira somou 13,900 pontos e terminou em quarto lugar. O ouro foi de Zhang Qingying, da China, com 15,166. Kaylia Nemour, da Argélia, levou a prata (14,300), e a japonesa Aiko Sugihara ficou com o bronze (14,166).
Nas eliminatórias, Flávia havia sido a segunda colocada, com 13,833 de pontuação. Na decisão, subiu o grau de dificuldade para 5,7 e cravou 8,200 na execução, ajuste que a manteve na briga até a última competidora, mas não foi suficiente para superar a nota de corte do pódio. Zhang Qingying foi a última a se apresentar e fez uma série de luxo, arrancando o ouro.
— Há tempos não temos uma final de trave tão difícil assim. A minha última final de trave tinha sido em 2019. Foi a primeira vez que acertei uma final de trave em Mundial. Fico feliz que meu trabalho está dando certo, que estou conseguindo evoluir um pouco mais na trave a cada ano — disse Flávia, após o resultado. — Isso me dá mais confiança para os próximos anos. A nota de partida é um pouco mais baixa que a das meninas, mas dei meu melhor.
Flávia Saraiva encerrou a temporada 2025 neste Mundial. Ela terá um período de descanso antes de começar a preparação para o Mundial de 2026, em Roterdã. A competição na Holanda vai abrir a classificação para a Olimpíada de Los Angeles 2028.
Apesar dos bons resultados em Jacarta, o Brasil não foi ao pódio. Caio Souza, o destaque do masculino, ficou em sexto lugar na final das argolas e em nono lugar no individual geral, o melhor da carreira de Caio.
A participação em Jacarta marcou o retorno do brasileiro às grandes competições internacionais, uma vez que ele esteve ausente da edição de 2023 e dos Jogos Olímpicos de 2024.
Na mesma final, a mais importante da ginástica artística, Diogo Soares foi o 17º (77.264).

