A Fundação Roberto Marinho (FRM) recebe nesta quarta-feira (22) uma homenagem especial no Prêmio Top Educação 2025, organizado pela revista independente Educação. Trata-se do reconhecimento das iniciativas e projetos da FRM dedicados ao setor educacional no Brasil, como o Telecurso, o Canal Futura e a plataforma co.liga.
— É uma alegria recebermos essa homenagem. De certo modo, é uma expressão da visão que a sociedade tem sobre o trabalho que a Fundação vem realizando desde a década de 1970, com o compromisso de promover o acesso à educação para populações com maior vulnerabilidade social no país. É essencial que o terceiro setor apoie políticas públicas de educação — diz Rosalina Soares, superintendente da FRM.
Criada em 1977 por Roberto Marinho, a Fundação atua como um polo de inovação educacional e cultural, centrado em soluções socioeducacionais de qualidade, inclusivas e sustentáveis. Projetos como o Telecurso, o Canal Futura, o Aprendiz Legal e as plataformas co.liga (que reúne cursos voltados à qualificação profissional em diversas áreas) e SEJA (que oferece aulas dos anos finais de Ensino Fundamental e todo o Ensino Médio) são alguns exemplos.
Para Edimilson Cardial, fundador e publisher da revista Educação, a escolha de homenagear a FRM foi feita por seu compromisso com a democratização do acesso à educação.
— O Brasil tem várias instituições do terceiro setor que atuam na educação, ajudando estados e municípios a melhorarem a educação pública. Mas a Fundação Roberto Marinho é a precursora disso, já que sempre se preocupou até com a educação à distância quando ela nem existia, com seu Telecurso. (A Fundação) foi desenvolvendo cada vez mais produtos para se aproximar e apoiar os educadores e a educação brasileira — diz Cardial.
Rosalina acredita que o posto de vanguardista de propostas educacionais que promovem inclusão e desenvolvimento foi alcançado graças a um olhar atento para as necessidades da sociedade:
— O que mais traduz a história da Fundação é a educação mediada por tecnologia. O legado da família Marinho já trouxe a possibilidade de levar o processo de educação para dentro dos lares (com o Telecurso). Já hoje, o mundo digital também é necessário para que a educação chegue à população, como no caso do SEJA. Enquanto isso, o Canal Futura está em diferentes plataformas com conteúdos que abordam o racismo, questões de gênero e outros temas delicados — completa.
A celebração deste ano será no Centro Brasileiro Britânico, em Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista. Fechado para convidados, o evento também homenageará a educadora Cristine Takuá — indígena do povo Maxakali e coordenadora do projeto Escolas Vivas, que trabalha com conhecimentos ancestrais — e premiará outros nomes da educação em 26 categorias.
Realizado há 19 anos pela revista Educação, o Prêmio Top Educação consiste em uma votação espontânea pela internet, com o objetivo de reconhecer os nomes (dentre marcas, escolas e instituições) mais lembrados do setor educacional. Desde 2023, o prêmio também homenageia instituições e personalidades (da educação ou da cultura) que trabalham pela educação no Brasil. Nas edições anteriores, a revista homenageou o Instituto Ayrton Senna e a Fundação Itaú, além de Mozart Ramos, educador referência em políticas públicas, e José Vicente, reitor da Universidade Zumbi dos Palmares.
