O policial civil João Pedro Marquini, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), foi morto a tiros por criminosos na Serra da Grota Funda, na Zona Oeste do Rio, na noite do último domingo. Ele estava no carro dele e era seguido por sua esposa, a juíza Tulla Mello, que conduzia o próprio veículo, que é blindado. Os bandidos atiraram no carro de Tula, que conseguiu deixar o local. Marquini morreu atingido por cinco disparos de fuzil.
- Morto a tiros: Saiba quem era o agente da Core assassinado no Rio, elite da Polícia Civil do Rio
- Policial civil morto na Zona Oeste: Confira cinco perguntas a serem respondidas em investigação
A juíza Tulla Mello e seu marido, o policial civil da Core João Pedro Marquini, vão à casa da mãe do agente, em Campo Grande. Eles foram buscar o veículo Sandero prata de Marquini, que estava em manutenção. No retorno para casa, na Barra da Tijuca, por volta das 21h, o policial conduz o Sandero na frente; e a juíza o segue em seu veículo, um Outlander preto blindado.
- ‘Os crias’: suspeito de envolvimento na morte de policial da Core compõe grupo do CV que invade áreas de milícia
Durante o trajeto, na altura do número 25.023 da Avenida Artur Xexéo, os dois são surpreendidos por um Tiggo prateado atravessado na via. Três bandidos armados com fuzis estão fora do veículo na Serra da Grota Funda, em Vargem Grande. Na pista, quase não é possível ver câmeras de segurança. O agente telefonou para um colega pedindo reforço.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/a/3/wtX4gmR3OOxfKgc16MBA/storyboardcena02.jpg)
- ‘Amo a gente’: Policial civil da Core morto no RJ e juíza estavam casados desde fevereiro do ano passado
A juíza deixa o local de marcha à ré. Os bandidos disparam, e o carro é atingido por quatro tiros. A blindagem conteve os projéteis.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/b/f/A9JhdjSyAj66swxFRYOA/storyboardcena03.jpg)
- Perfil: Saiba quem era o agente da Core assassinado no Rio, elite da Polícia Civil do Rio
A polícia ainda não sabe como foi a abordagem, mas acredita que o policial tenha desembarcado, e os bandidos tenham atirado sem que Marquini tenha feito um disparo. O agente é atingido por dois tiros no tórax, dois em um dos braços e um em uma das pernas. O policial morre no local. O corpo da vítima foi encontrado por policiais ao lado do Sandero. A arma dele não foi achada.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/O/y/v2SSlORu6rzvvMt6BfZg/storyboardcena04.jpg)
- Amigo de policial civil morto: ‘Tive um sonho ruim com ele, como se algo fosse acontecer’
Logo após o crime, policiais da Core fizeram uma operação na região e encontraram o Tiggo que teria sido usado pelos bandidos nos arredores da comunidade Cesar Maia, em Vargem Pequena. A favela é controlada pelo traficante e ex-miliciano Rodney Lima de Freitas, o RD. Homem de confiança da cúpula do CV, ele é apontado em investigações como o traficante que comanda ataques a áreas controladas por bandos rivais em Santa Cruz e Guaratiba.
Contra ele, há dois mandados de prisão por homicídio. O Tiggo apreendido tinha marcas de tiros. A polícia conseguiu a informação de que, pouco antes da morte do policial, os traficantes teriam usado esse carro numa tentativa de invasão à Favela de Antares, em Santa Cruz, dominada por uma milícia. A comunidade fica a 22 quilômetros do local do crime, onde os bando teria parado para roubar carros.