Há mais de uma semana, equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) atuam no combate aos incêndios florestais na Chapada dos Veadeiros. Cerca de 165 pessoas, entre bombeiros, brigadistas e voluntários, participam da ação que acontece na Área de Proteção Ambiental (APA) Pouso Alto e nos municípios vizinhos. Desde o dia 25 de setembro, a região registrou mais de 20 eventos de queimadas, que atingiram cerca de 57 mil hectares.
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Os agentes seguem trabalhando no combate às chamas na área do povoado da Rocinha, Fazenda Mato Verde e Fazenda Brejo, no município de Cavalcante, e nas proximidades da Subestação de Energia Elétrica Serra da Mesa II, em Colinas do Sul.
Em Colinas do Sul, os oficiais concentraram esforços para impedir que o incêndio avançasse para áreas de pastagem e atingisse uma Área de Preservação Permanente (APP). Uma superfície de aproximadamente 35 mil hectares foi queimada, a maior parte composta por serras e morros. Além disso, 60 mil hectares de áreas protegidas estão sob risco.
Incêndios atingem a Chapada dos Veadeiros há 12 dias
Segundo o Corpo de Bombeiros, Cavalcante foi a cidade mais afetada pelo fogo, concentrando 12 ocorrências. Em seguida, vem Colinas do Sul, com oito registros. Três grandes incêndios chamaram a atenção por ultrapassarem 10 mil hectares, sendo o maior deles responsável por devastar mais de 24,5 mil hectares em áreas das duas cidades.
Na manhã desta segunda-feira (6), as equipes também conseguiram controlar a frente de um incêndio que avançava em direção ao Parque Estadual Águas do Paraíso, em Alto Paraíso de Goiás. Na operação, participaram quatro brigadistas do Parque (Semad) e quatro brigadistas do Prevfogo (Ibama e ICMBio), distribuídos em quatro caminhonetes. A estimativa de área atingida foi de 25 mil hectares.
Em nota, o CBMGO informou que as equipes trabalham continuamente para conter os focos de calor, utilizando técnicas de combate direto, aceiros e apoio aéreo. A ação, da qual participam a Brigada Voluntária de Cavalcante (Brivac), a Brigada de São Jorge e a Rede Contra Fogo, voluntários e órgãos parceiros, tem sido fundamental para reduzir a propagação do fogo e proteger as comunidades locais, a fauna, a flora e os patrimônios ambientais da região.
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A situação permanece sob atenção em razão do ressurgimento de focos de incêndio causados pelos ventos fortes, que favorecem o avanço do fogo em pontos isolados e de difícil acesso. Embora a maioria do incêndio esteja controlada, o CBMGO alerta que ainda há focos ativos em algumas frentes.
As principais ações executadas incluem construção de aceiros, combate direto às chamas, rescaldo e monitoramento constante. A operação conta também com o apoio de moradores locais, que têm colaborado na logística e até no combate direto. Devido às condições de vento e relevo, a expectativa é que o incêndio ainda continue por mais alguns dias.
* Estagiária sob supervisão de Alfredo Mergulhão